O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso no jantar da Linha

“O Legado de Abril na história de um Portugal Democrático” foi o tema lançado para a discussão aos nossos dois últimos convidados.

Abril é um mês de celebração para os portugueses e, em especial, para a esquerda democrática portuguesa, desde logo com a fundação do PS, em 19 de Abril de 1973, e por isso, o jantar deste mês teria que ter, forçosamente, dois homens grandes da conquista da democracia e da liberdade.

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso brindaram-nos com as suas memórias daqueles dias quentes da Revolução, num jantar que contou com a presença de cerca de uma centena de pessoas.

Alfredo Barroso recordou a criação da Acção Socialista Portuguesa em 1964, e da importância do Partido Socialista no pré-25 de Abril e, depois, nas negociações com os restantes partidos para a formação dos Governos Provisórios. Salientou o papel de Mário Soares na legitimação da Revolução e dos Governos que lhe seguiram junto dos seus contactos na Internacional Socialista. A legitimação da recente democracia teve um papel preponderante nos anos seguintes, tal como se pode verificar com a entrada de Portugal na então CEE, apenas 12 anos após a Revolução e 10 após a estabilização consagrada com a entrada em vigor da Constituição Democrática de Abril de 1976.

Por seu turno, o General Vasco Lourenço, falou-nos do papel dos militares na conquista da Democracia e do seu desconhecimento do quadro político Nacional, afinal eram militares e lutavam por um misto de razões corporativas e altruístas. Brindou-nos com a memória de alguns episódios deste período, desde logo a unicidade sindical, o caso República, entre muitos outros. Vasco Lourenço, falou da relação que se estabeleceu entre o MFA e o Partido Socialista, sublinhando o seu papel para a consolidação da democracia em Portugal, bem como as dúvidas e hesitações do PPD de Sá Carneiro, apontando fortes críticas na conduta deste líder político que a história parece querer apagar.

Tratando-se de um jantar da memória de Abril, foi com enorme honra que a Linha contou com a  presença no jantar de Abril do fundador do PS José Neves, do Secretário-Geral da UGT, Eng. João Proença, do Camarada Edmundo Pedro, do Camarada Miguel Judas (membro do Conselho da Revolução) e do Camarada Carlos Carranca (poeta e homem da cultura).

No final os convidados sublinharam a importância de preservar os valores de Abril, reconhecendo a grave situação em que Portugal se encontra, e que segundo Alfredo Barroso, “quando sairmos das mãos do FMI não teremos à espera os fundos comunitários que foram a alegria do cavaquismo”.

À intervenção dos convidados seguiu-se um momento musical a cargo de Rogério Charraz , um grande músico, intérprete e compositor, ou como ele prefere ser chamado um grande “cantautor”.

O Clube de Reflexão Política A Linha procurou assim prestar a sua homenagem aos homens e mulheres que lutaram para que Portugal seja hoje um país livre e democrático. A todos eles prestamos a nossa homenagem, desde logo não deixando que se apague a memória de Abril.

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