O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Carlos Leone: Acerca de uma moção

A propósito de referência à necessidade de se combater a abstenção neste ano de eleições, numa moção a apresentar ao próximo congresso do PS, um militante interroga:

«Esta questão de desinteresse em votar faz-me lembrar uma outra: Os símbolos que muitas pessoas ostentam com orgulho, acreditam nos seus valores e são capazes de morrer por eles (ironia). Exemplos de pessoas com emblemas de clubes desportivos há muitas. Ordens Honorificas. Faculdades. Sindicatos.

É curioso que no inicio da nossa Democracia em 25 de Abril, todos os militantes ou simpatizantes dos partidos políticos colocavam garbosamente os seus emblemas, nas locais mais visíveis dos seus corpos (com excepção dos do CDS que os colocavam atrás da lapela).

Parece ser um comentário ingénuo mas eu me pergunto: O que mudou? Temos vergonha de mostrar o que somos? Foi uma moda que já passou?»

Há muito, mas muito tempo mesmo, é notório que elogiar a acção do governo é socialmente mal visto. Talvez o último a beneficiar de algum real estado de graça tenha sido o primeiro de Guterres (até 1997). Seja como for, a decadência dos símbolos reflecte bem não só o ambiente hostil a qualquer governo entre a opinião pública mas igualmente o alheamento face à actividade política militante e ainda os efeitos do recurso cada vez mais frequente dos partidos a agências de publicidade e/ou de comunicação para efectuarem o seu trabalho de «imagem» (o discurso, esse, é ainda mais menorizado que os símbolos…).

Num ano de combates políticos sucessivos, em ambiente de crise e durante um reinvestimento ideológico no campo da Esquerda que é tão necessário como complexo, combater a (o)pressão social sobre o apoio que os socialistas dão a este governo (e dão, a avaliar pelas sondagens e pelas últimas eleições) pode muito bem passar por um reavivar dos símbolos fortes, anteriores à «mediatização» pré-programada.






Carlos Leone
Membro do Clube de Reflexão Política a Linha
Membro do Clube do Chiado

3 comentários:

Paulo da Costa Ferreira disse...

Concordo! Vou usar o meu emblema com o punho erguido no próximo evento do PS.

Rui Estêvão Alexandre disse...

Perfeitamente de acordo Carlos. Efectivamente, o que distingue um grupo de outro semelhante são as suas marcas identitárias; a linguagem; as formas de acção; a responsabilidade cívica; tudo aquilo que de certo modo pode ser transcrito numa imagem, num símbolo. Porém, parece que a falta de valores e de uma identidade própria está a minar a identidade dos grupos. Quem não se reconhece a si e não se distingue dos outros, dificilmente conseguirá encontrar os símbolos que o podem també unir a um grupo. Mais, esta falta de valores está a marginalizar quem os tem e os ostenta! Isso é ainda pior!

Anónimo disse...

Grande Post.
Parabéns Carlos