O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Comemorações (modos de usar), II

Os discursos oficiais no 31 de Janeiro foram cifrados, mas pouco. A convocatória do Conselho de Estado apenas sugere continuação de episódios. Nada de surpreendente nisto, são modos de usar previsíveis, previstos.

Curioso foi ver como o historiador Rui Ramos, nova esperança do pensamento político laranja, se desdobra também aqui em declarações.
Poucos dias depois de afirmar (no Público) que a implantação da República não se compara ao triunfo do liberalismo no século XIX, que já fizera tudo o que era importante, eslareceu agora os leitores do Expresso que o 31 de Janeiro não teve grande relação com o 5 de Outubro.

A primeira tese é curiosa vinda de quem escreveu um volume da História de Portugal coordenada por Mattoso (Círculo de Leitores) e o intitulou A Segunda Fundação. O volume foca justamente este período histórico (séculos XIX e XX) e toma seu título do insuspeito Sardinha, que via na República a refundação do país. Dizer agora que isto é de somenos face ao que acontecera 90 anos antes...

Terá mudado de ideias, dir-se-á, desde a História de Portugal de Mattoso já lá vão uns anos. Seja. Pena é que não explique porque mudou, nem por que carga de água o 31 de Janeiro, com todo o seu insucesso imediato, não se integra logicamente na acidentada História da queda da Monarquia e afirmação da República em Portugal.

Afinal, Rui Ramos escreveu (e logo num suplemento ao Dicionário de História de Portugal de Joel Serrão...) que a Obra de António Sérgio apenas revela uma vontade de ter razão em tudo, contra todos. Ora, as declarações de Ramos manifestam uma vontade de ter razão contra todos, incluindo a suas próprias teses.

Bem sei que os seus leitores devotos são da estirpe de um José Manuel Fernandes, esse exemplo de seriedade e coerência. Mas ainda assim... se não a bem da República, ao menos a bem da História.
Carlos Leone

1 comentário:

Anónimo disse...

Fabuloso, um gostaria de ser assim...um dia, primeiro increvi-me na licenciatura de história, depois espero fazer uma declaração de interesses e depois, só depois, relatar factos e não contar histórias...Muito bom Carlos Leone, respeitosamente "Glória aos vencidos" - dentrepares.blogspot.com
Marco da Raquel