O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fernando Montenegro: Os Desafios Autárquicos de 2013 - Preparar o Futuro Já!

As próximas eleições autárquicas de 2013 são claramente dos maiores desafios que o PS tem pela frente. Até aqui nada de novo!

É óbvio para todos, em especial para os dirigentes socialistas que, mais do que nunca, urge delinear uma estratégia articulada entre as diversas estruturas do Partido. Contudo, esta tarda em ganhar contornos mais definidos em alguns lugares e as eleições federativas necessariamente remetem a sua análise e materialização para depois de Outubro.

A recente limitação de mandatos, que só agora fará sentir os seus efeitos, leva a que autarcas incontestados nos diferentes espectros políticos se encontrem a exercer os seus mandatos pela última vez.

Assim, à já de si difícil tarefa de encontrar candidatos e definir uma estratégia para vencer eleições onde o PS é oposição, tome-se como o exemplo a escolha dos sucessivos candidatos à Câmara de Cascais após a saída de José Luís Judas, acresce o novo desafio de encontrar, desde já, candidatos que possam estar à altura destes nossos autarcas a exercer o seu último mandato, quer se trate de presidentes de câmaras quer se trate de presidentes de juntas de freguesia. Aqui sim reside a novidade. Como “substituir” estes Homens e Mulheres?

Alguns deles mantêm níveis impressionantes de popularidade, o que torna a sua sucessão ainda mais complexa. Será mesmo verdade que após lideranças fortes se seguem outras mais fracas? É isso que o Partido Socialista terá de mostrar que não é, de todo, verdade.

O desafio é ainda maior no caso em que, por variadíssimas razões, tais autarcas se confundem com o próprio Partido, esgotando-o nas estruturas locais. Para todos os efeitos, e sem entrar em linha de conta sobre as virtualidades de tais realidades, aos olhos das suas populações são eles o PS. Importa a todo o custo afastar o espectro do Rei-Sol, evitando logro do "L’État c'est moi" e onde a não legalmente possível recandidatura poderá deixar o Partido Socialista a braços com um enorme vazio político.

Naturalmente que cabe ao próprio autarca um papel preponderante na escolha e preparação do seu sucessor. O seu trabalho será recordado não apenas pelo que fez mas pelo futuro que ajudar a preparar.

Finalmente e face às dificuldades manifestadas por camaradas que procuram fazer uma oposição efectiva aos executivos liderados por outras forças partidárias, afigura-se importante criar, desde já, um gabinete de apoio autárquico alicerçado nas áreas jurídicas e financeira que, em tempo útil, possa garantir esta assessoria técnica, exclusivamente onde o PS é oposição. Naturalmente, que este projecto deveria ser articulado entre o Partido a nível nacional e as Federações, sendo as respectivas Concelhias posteriormente envolvidas, podendo (aliás, devendo) a formação autárquica ficar, de algum modo, a cargo da Fundação Res Publica.

São inúmeros os desafios com que o Partido Socialista se confronta no futuro próximo mas, tal como no passado, os socialistas saberão estar à altura dos mesmos, fazendo jus à famosíssima frase: “quanto mais a luta aquece…”

Fernando Montenegro
Auditor de Política Externa Nacional
Auditor de Defesa Nacional
Clube de Reflexão Política A Linha

3 comentários:

Vitor Bras disse...

Mais do que dar nome aos candidatos o que eu numa opinião muito pessoal ( como todas as outras minhas opiniões ) pode desmobilizar alguns militantes, acho que se deve avançar a toda a força para os Grupos de trabalho que devem ir para o terreno falar com os intervenientes e com os “alvos” dos temas desses grupos. I.e. quem fizer parte do Grupo de trabalho da Educação deve ir para o terreno falar com os professores, os alunos, as comissões de pais saber quais as suas preocupações , quais as nossas soluções, etc etc. O mesmo para quem for tratar da exclusão social, do comercio tradicional etc etc. O objectivo deve ser criar empatia entre os militantes e os habitantes do concelho para que no decorrer deste tempo que vai de hoje até 2013 seja criado um efeito de bola de neve para que todas as ideias do nosso partido estejam devidamente assimiladas pelos eleitores. Deve ser criada uma enorme empatia entre os militantes e o maior nº de habitantes do concelho para que no nosso dia a dia quando vamos ao minimercado lá do bairro ao cabeleireiro, passear o cão, ou ir com os filhos ao parque infantil haja confiança para no meio de uma conversa agradável trespassar as ideias do partido para o concelho, assim como assimilar quais são as grandes procupações dos eleitores e ir ao encontro delas com soluções.
Estamos a falar de Cascais um concelho dormitório e imigrante para muitos, onde uma boa parte da população não conhece o vizinho da frente quanto mais o militante que lhe entregou o panfleto que ele jamais lerá. Como concelho dormitório a maioria da população nem sequer conhece os problemas do seu concelho, e não podemos esperar que sejam os eleitores a ser proactivos e irem saber quais as melhores propostas que se lhes pedem para escolher, temos que ser nós a ir ter com eles. E a indiferença será o que mais receberemos, para contrariar isso temos que trabalhar para que em 2013 o militantes do nosso partido sejam mais do que distribuidores de panfletos. Temos que trabalhar para que cada eleitor conheça as nossas proposta que nós próprios lhas explicamos por amizade e afecto.

Vitor Bras disse...

Aos militantes pede-se disponibilidade, voluntarismo para defenderem os nosso projeto, ideias e proactividade. Ainda esta semana fiz chegar ao líder da concelhia um documento com ideias minhas muitas delas completamente disruptivas com o instituído, para que sejam submetidas a debate. E considero que é isso que se pede aos militantes ideias por mais inovadoras e “no ar” que estejam que sejam submetidas a debate a fim de construirmos as escadas para as executarmos.

Marco da Raquel disse...

Concordo plenamente, e por exemplo dou o Ex-presidente da cãmara dee Abrantes, o meu camarada e amigo Nelson Carvalho, que após fazer vários 4 mandatos consecutivos com maioria absoluta, e ainda com a possibilidade de fazer mais 1 mandato, teve a distãncia suficiente, para perceber da necessidade de preparar o futuro, mas numa versão ganhadora, e a pessoa que assumiu o ano passado a Cãmara de Abrantes, e não tirando o seu mérito pessoal, foi "conduzid" ao cargo pela população de Abrantes, por maioria Absoluta, pois acreditaram que se o Nelson pensou naquela pessoa, então estava correcto. Aqui está um camarada, que agora foi "queimado", mas que é inteligente, tem visão e conseguiu tudo isto para o PS, desde 1993.
Seria interessante dentro desta temática, caro Fernando, ouvir o que ele pensa, como pensa e porque pensa...afinal é um exemplo de sucesso. Se necessitares de algo, podes contar comigo. Aquele Abraço Marco da Raquel