O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As Dimensões da Informação

Parte-se para o terreno com o objectivo de conquistar votos. Essa é a missão de todo e qualquer político em tempo de campanha.

Hoje já não vivemos no tempo de ouro do Speaker Corner, bem ali no centro de Hyde Park. Hoje que por lá passa tira a foto. Quem lá pára, para falar ou escutar, fá-lo ou por distracção, por gosto pela sátira ou por ausência de melhor programa.

Mas teve, é certo os seus momentos áureos, tendo por lá passado Karl Marx, Vladimir Lenin, George Orwell, C. L. R. James, Ben Tillett, Marcus Garvey, Kwame Nkrumah and William Morris, entre outros.

Nos seus bons tempos, no Speaker Corner, propagaram-se bandeiras ideológicas, lançaram-se críticas ao sistema, discutiram-se assuntos sérios da GB e do mundo.

Nos nossos tempos, ir para o terreno, transportar consigo a ideologia, as medidas de política e os programas de Governo trata-se de pedir demasiado. O desprezo pela intervenção ideológica, pela apresentação dos seus programas é de tal modo acentuado junto da generalidade dos líderes políticos que alguns se lançam à campanha sem sequer ter um programa apresentado. Exploram-se as imagens, o populismo de ideias avulsas, tiram-se fotos junto de velhinhos enrugados a quem se presta uma homenagem de circunstância, pedem-se votos.

E nos jornais exploram-se os insólitos de campanha, espelham-se os valores exorbitantes pagos por uma vitória, falam-se das banalidades da vida privada dos candidatos. Por vezes apresentam-se as medidas, quando existem, dos candidatos, mas a entropia é tal que o essencial não passa.

Os políticos, e os seus assessores, esforçam-se por fazer passar a imagem de homens comuns, de bem e preocupados com os problemas sociais e económicos do eleitorado (que neste momento é o que interessa; os cidadãos são hoje um conceito demasiado lato para que se possam agradar a todos). Escrevem nas redes sociais, publicam-se e republicam-se. Aparecem mas não comunicam. Recebem mensagens críticas a que não respondem. Mas elas estão lá, não as apagam (a censura já não mora ali). Mas não lhes respondem ou dão, sequer, sinal de as terem lido. Nem sempre é assim, é certo. Mas é frequentemente comum que assim seja.

 
Informa-se pouco. A comunicação não melhorou apesar do avanço das redes sociais.

A dificuldade em comunicar com o político estará sempre limitada pela circunstância da reeleição. O poder é o elemento central da política, é consensual. Mas o poder dever ter uma função lógica, assim se espera. As circunstâncias e o calculismo político, recentemente utilizados na cena Nacional, têm custos muito altos para a Democracia. Utilizar os timings em função de oportunidades eleitorais são jogadas altas num tabuleiro demasiado complexo que é o Estado.

Artigo Publicado no site da Revista Sábado

Rui Estêvão Alexandre

1 comentário:

Luís Galego disse...

Apreciação muito lúcida. Aplaudo!