O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cabeleireiros, cosméticos e “makeovers”

Estava há dias a ler o programa do PSD quando me deparei com um ponto intitulado: Programa de Emergência Social (PES) – inserido no Pilar 2, o Plano Económico-financeiro. Este programa pretende, entre outros objectivos, e passo a citar: a introdução de uma nova filosofia de intervenção baseada num novo Modelo de Inovação Social – uma rede nacional de solidariedade em que o Estado, as Autarquias, as Misericórdias e as organizações da sociedade civil devem convergir na acção.


Se estivermos mais desatentos não reparamos que esta “nova filosofia” é apenas uma mera operação de cosmética e de marketing, na qual se mudam nomes e se apresenta como novidade o que já se faz no âmbito do combate à pobreza e exclusão social, em Portugal. Os programas iniciados por governos socialistas como o Programa Rede Social, legado do PS desde 1997, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens [em Risco] (CPCJ[R]), o Contrato Local para o Desenvolvimento Social (CLDS), entre outros.

Todos estes programas operam numa lógica de governança em que a participação e a inovação social se unem para trazer respostas aos desafios da pobreza e exclusão social, de forma directa, e das questões da conciliação da vida familiar com a vida profissional e outras, de forma indirecta. Juntando os esforços do Estado, das Autarquias e da Sociedade Civil – em que as IPSSs e as Misericórdias também estão incluídas – esta “nova filosofia” já existe há 14 anos e está consolidada no nosso país.

Uma equipa de avaliação Centro de Estudos Territoriais do ISCTE concluiu sobre a Rede Social o seguinte: se o combate à pobreza e à exclusão social é um objectivo comum a muitos outros programas, ao fazê-lo associar a uma perspectiva de promoção do desenvolvimento social local, o Programa Rede Social estabelece um factor de diferenciação e de inovação face a muitos outros. Demarca-se de visões mais assistencialistas e remediativas da intervenção, geralmente mais restritivas porque, ignorando a multidimensionalidade dos problemas sociais, propõem respostas e soluções parcelares, segmentadas. Demarca-se assim de uma concepção de política social centrada no 'mero' accionamento de medidas de natureza redistributiva propondo, em alternativa, uma abordagem integrada e sistémica do desenvolvimento social, da promoção do bem-estar social.

A falta de ideias e de propostas inovadoras por parte do partido de Pedro Passos Coelho leva os programas do PS ao cabeleireiro para fazer um tão na moda “makeover” e, de seguida, muda-lhe o nome e apresenta-o como novo. Assim como acontece com os “makeovers” dos programas de televisão, muda-se por fora, esgravatando a superficialidade de uma sociedade consumida por um determinado padrão de beleza, permanecendo o interior intacto. O PSD até pode pensar em fazer um “makeover” às políticas do PS e achar que a superficialidade das suas propostas, nesta matéria, chega para atirar areia aos olhos dos portugueses, mas tais políticas, em prol dos mais desfavorecidos e excluídos de Portugal, permanecerão como legado socialista.

Artigo de Opinião de João Elyseu

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