O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Carlos Leone - A Linha (europeia)

A organizar um congresso internacional a ter lugar em Lisboa logo a seguir às eleições de 2009 (29 a 31 e Outubro), dedicado ao tema da igualdade de oportunidades, foi um estímulo importante para mim o interesse dos membros de A Linha em contarem comigo para as suas actividades de debate político. Isto porque não os motivou uma leitura circunstancial do que tenho escrito (contra este ou aquele) mas uma abordagem ao que nos deve mobilizar, delinear política socialista para o futuro.

Quando a OCDE revela dados que nos devem fazer pensar sobre o sucesso apenas relativo da nossa integração nas instituições europeias, é boa altura para, como faz A Linha, lembrar a relevância da igualdade de oportunidades na modernização de Portugal. Sottomayor Cardia, agora que passou o dogma colectivista que combateu, mantém-se autor de uma obra actual, pois a resistência à mudança em Portugal parece ter sido capaz de sabotar políticas (aliás de efeitos apenas a médio e longo prazo) promotoras de igualdade de oportunidades.

Como contrariar, não apenas no futuro, mas já no presente, estas tendências antigas da sociedade portuguesa? Sem cair nas armadilhas costumeiras das «reformas de mentalidades», etc., diria que há pelo menos dois trabalhos a realizar: primeiro, discutir políticas como política, isto, pensar as opções que são tomadas sempre em função da ideologia que as orienta, sem deixar que outros se arroguem o direito de decretar o que é ou não é de Esquerda; feita esta persuasão política, que destrinça bem o que são medidas de Esquerda democrática de políticas não democráticas e demagógicas, promover a integração europeia (e não apenas os fundos europeus) como veículo da mudança na sociedade portuguesa, da economia à administração da justiça, do funcionalismo público à investigação científica. O Euro, pelo menos para quem ainda se lembre do Escudo, atesta bem a validade desta estratégia.

O socialismo deste século terá forçosamente de ser pensado à escala europeia, como a actual crise bem exemplifica.

Carlos Leone
Ensaísta e Professor Universitário (Autor do Livro O Socialismo Nunca Existiu?)

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