O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Artigo de Opinião: A Política e as Pessoas

O que é a Política?

Sem qualquer dúvida, existem muitas perspectivas e olhares sobre esta questão…

Como Clube de Política que somos este tema remete às nossas origens, à nossa identidade.

Uma busca na Wikipedia apresenta-nos a seguinte definição “No uso trivial, vago e às vezes um tanto pejorativo, política, como substantivo ou adjectivo, compreende as acções, comportamentos, intuitos, manobras, entendimentos e desentendimentos dos homens (os políticos) para conquistar o poder, ou uma parcela dele, ou um lugar nele: eleições, campanhas eleitorais, comícios, lutas de partidos etc.”.

Esta óptica remete a política necessariamente para os Partidos Políticos, locais de discussão e decisão política… onde os entendimentos e desentendimentos humanos remetem para um padrão de comportamentos e de atitudes que reflectem normas sociais próprias e específicas a este grupo social.

Como todos os grupos sociais, também os partidos políticos possuem especificidades que promovem a sua coesão grupal, como a gíria comunicacional, os processos de liderança e os métodos de resolução de conflitos… e regras de conduta que têm como objectivo facilitar a dialéctica interna e simultaneamente garantir a sua unidade e isolamento do exterior.

Estes processos conduzem a que actualmente, na minha opinião, uma das questões centrais seja a Relação entre a Política e as Pessoas.

Muitos já reflectiram comigo sobre os Políticos. Porque esses cidadãos não compreendem as regras de conduta do tal Grupo Social dos Políticos, e o desconhecido provoca de forma primária um sentimento defensivo de repulsa. No entanto, as Pessoas sentem que as decisões dos Políticos influenciam directamente as suas vidas, o seu bem-estar, a sua felicidade… pelo que se questionam… os Políticos são Pessoas?

Logo de seguida surge um distinção de conceitos, entre os Políticos, e a sua obra, as Políticas. O distanciamento que os cidadãos percepcionam induzem necessariamente a outra questão… as Políticas são a consequência dos “ entendimentos e desentendimentos” do Grupo Social, ou são as medidas que reflectem a estratégia de promoção do bem-estar das Pessoas?

Este desentendimento sobre as medidas políticas alimenta um sentimento que fundamenta uma atitude nas Pessoas de hostilidade perante os Políticos, considerando que eles são um grupo fechado, centrado nas suas preocupações e nas suas metas individuais.

A atitude de hostilidade, que em muitos cidadãos se exterioriza numa atitude de passividade e de amorfismo na participação política, alimenta um sentimento de indiferença nos Políticos perante as Pessoas (rompido de forma cíclica em períodos eleitorais), considerando que elas não querem participar na promoção do seu próprio bem-estar, justificando a percepção de isolamento do Grupo Social pelo afastamento a que as Pessoas se remetem.

Considero que o objectivo de um Clube de Política em geral e do Clube de Política A Linha em particular, é de promover uma aproximação gramatical entre os Políticos e as Pessoas. Queremos que a sua relação não ocorra na 3ª pessoa do plural “eles”, mas fruto do reflexo da sua imagem num espelho, ou seja, na 1ª pessoa do singular “eu”.

Queremos, assim, juntar Políticos e Pessoas, não em termos de espaço físico, mas em termos de identidade!

Os Políticos somos nós Pessoas, que gostamos de Política, que por esta razão nos identificamos como Políticos, na prossecução do Bem-Estar de todos nós Pessoas.

Rui Ângelo
Psicólogo
Membro Fundador do Clube de Reflexão Política a Linha

2 comentários:

Paulo da Costa Ferreira disse...

A noção de que o Clube de Política constitui um fórum onde se procura estabelecer a proximidade e identificação dos cidadãos com a política e como políticos (que todos somos chamados a ser, pela nossa pertença à Polis), tocou, a meu ver, no elemento fulcral da definição do seu papel e utilidade.
Excelente artigo!

Rui Estêvão Alexandre disse...

A definição do que é Política, ou assunto Político, tem sido desde há muitos séculos confinada à letra sábia dos grandes mestres. Platão, Aristóteles, Maquiavel, Marx, Hegel, Engels, Kant, todos eles se debruçaram sobre o assunto político. Porém, de uma forma ou de outra todos eles encaixaram nas suas definições a relação entre a política e o poder, a governação, e o controlo. Mas, como tu dizes e, quanto a mim, muito bem, a políticas são as pessoas, somos nós. Somos nós quando discutimos o assunto político, somos nós quando decidimos, somos nós quando governamos. No fundo é a consciência de que com o nosso empenho, a política poderá ser o caminho para um mundo um tanto melhor.
Gostei muito do teu artigo Rui.

Rui Alexandre