O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Artigo de Opinião: Ao contrário do que seria de esperar...

Ao contrário do que seria de esperar, a entrevista do Primeiro-Ministro, José Sócrates, na passada segunda-feira à SIC quase passou sem que os partidos da oposição se manifestassem de forma veemente. Não obstante terem surgido algumas reacções, especialmente dos partidos à esquerda do PS, estas foram inequivocamente reacções brandas e preenchidas das já comuns generalidades a que nos têm habituado quer o PCP, quer o BE. O que não seria de esperar, ou talvez já deveria ser, era que Ferreira Leite não tenha aproveitado o momento para aparecer, enfim, com algumas propostas de soluções para um 2009 que começa de forma tão difícil do ponto de vista económico-financeiro. Porém, talvez esta ausência da presidente do PSD não seja tão estranha quanto possa, à primeira vista, parecer. Afinal a ausência de soluções e a consciência de que a única contribuição que deu, enquanto governante, para as finanças públicas foi um conjunto de medidas vazias, terão levado a que Ferreira Leite se tenha refugiado num dos seus vices para se salvaguardar de questões difíceis e embaraçosas.

Questões difíceis e embaraçosas foram as que Ricardo Costa e José Gomes Ferreira tentaram colocar a Sócrates. Mas em nenhum momento o Primeiro-Ministro se deixou enredar naquele longo editorial preenchido de preconceito político. Afinal, jornalistas que opinam (ao estilo TVI) e que pura e simplesmente não questionam, e cuja única acção que se lhes pode atribuir é um ataque político constante, levam a crer que o seu papel não era certamente o de entrevistadores mas sim de mandatários políticos.

Sócrates esteve atento e respondeu a todas as acusações sempre com a maior serenidade, tratasse-se da crise internacional, da possibilidade de surgimento de um novo partido político ou até da aprovação do Estatuto dos Açores. Quem talvez não tenha ficado tão confortável terá sido o Presidente da República que, pela primeira vez, se viu responsabilizado por não ter enviado ao TC os dois artigos que tanto o acossaram. Afinal, tratando-se essa de uma possibilidade tão legítima quanto o veto político, só por razões de receio se justifica que o não tenha feito. Constitucionalmente o Parlamento confirmou o diploma e Cavaco foi “forçado” a promulga-lo.

Num momento político tão tenso, ser capaz de somar tantas vitórias em tantas frentes de batalha será certamente a justificação para a confiança que o Primeiro-Ministro conseguiu transmitir ao país.

Rui Estêvão Alexandre
Politólogo
Membro Fundador do Clube de Reflexão Política a Linha

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