Insurgiu-se contra a “democracia do vale tudo”, da calúnia, da difamação, dos ataques pessoais e das campanhas negras, apelou ao confronto de ideias, com base na força das convicções, salientando que o PS tem um combate a travar pela decência na vida democrática.
O Secretário-Geral do PS relevou que “quem governa é quem o povo escolhe e não qualquer director de jornal ou TV”, defendendo que “o PS é o Partido da Liberdade Livre”.
No que respeita a propostas políticas, José Sócrates apresentou em traços gerais a sua moção política “PS: A força da mudança em Portugal”, enfatizando que o PS governa em nome do interesse geral e que tem tido uma governação reformista em várias áreas, nomeadamente, na Segurança Social, Administração Pública, Saúde, Ensino Superior, Ciência, Energia Renováveis, mas sobretudo na Educação, no combate ao abandono e insucesso escolar e na promoção da Escola Pública, para promover a Igualdade de Oportunidades, e na defesa das qualificações, enquanto motor do combate às desigualdades sociais, destacando que se encontram 750 mil portugueses inscritos no programa “Novas Oportunidades”.
Também sublinhou o combate à pobreza, destacando em particular, o impacto do complemento solidário para idosos. E ainda, a nova geração de políticas sociais, que demonstram a preocupação sempre presente da governação socialista: “qualificar e modernizar o país”.
Aludiu à crise internacional e aos seus efeitos em Portugal, ressalvando que este é o momento para apresentar soluções para o país e a este propósito, referiu que se trata de uma crise de regulação dos mercados e fluxos financeiros e que o papel da Europa pode ser determinante, designadamente, na eliminação dos offshores.
Sócrates prosseguiu o seu discurso, pela defesa do socialismo democrático, pela esquerda moderna, pela liberdade e igualdade de oportunidades, por uma globalização mais justa, que proteja o emprego e apoie os que mais precisam, centrando a sua intervenção no combate ao desemprego, salientando que esta é a ideia central das políticas sociais, e que neste âmbito, a estratégia do PS baseia-se em quatro eixos de actuação:
2. Apoiar empresas e apoiar o emprego;
3. Reforçar o investimento público;
4. Apoiar as famílias e reforçar a segurança social.
Neste contexto, Sócrates aludiu à importância da sensibilidade social do PS, elegendo o aumento do salário mínimo nacional para 450€, como uma das grandes “marcas do PS”.
José Sócrates aproximou-se do final do seu discurso sintetizando as ideias que estruturam o seu Programa político, centrado no emprego, no combate às desigualdades e na promoção da justiça social. Apontou a meta do alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos de forma a “criar um país com mais oportunidades, a começar pela educação”; e referiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo, rejeitando acusações de “táctica política”, e clarificando o sentido do combate à discriminação, por uma sociedade mais digna e mais justa.
Apelou à Maioria Absoluta, afirmando que o PS é um partido unido, com unidade na diversidade “onde não há excluídos”, destacando o Congresso como um importante espaço de liberdade, de debate político de homens e mulheres livres.
Terminou a sua intervenção, relevando que o PS é um referencial de responsabilidade, aberto à sociedade portuguesa, dando como exemplo maior de abertura e participação, o Movimento Novas Fronteiras criado em 2004 e sublinhando que o seu dinamismo é para continuar e aprofundar, em conjunto com a acção da Fundação Res Publica e da Geração de Ideias.
“PS: um Partido forte, aberto, com ideias, com princípios, valores e memória, consciente da sua própria identidade e orgulhoso da sua história”, destacou José Sócrates, pedindo aos militantes uma merecida ovação ao Presidente do Partido, Almeida Santos, que precedeu a grande ovação espontânea e confiante com que os militantes homenagearam o seu Secretário-Geral, José Sócrates.
E foi no auge daquele momento de esperança partilhada e renovada, que, no meio dos restantes militantes, pensei: que bom poder acreditar num futuro melhor, ao depositar a confiança no Partido Socialista, indiscutivelmente, “O Grande Partido da Esquerda Democrática”.
Paço de Arcos, 2 de Março de 2009
1 comentário:
Mónica, apesar de não ser militante, desde que me lembro que o PS conta incondicionalmente com o meu voto! De acordo consigo com tudo o que disse!
Abraço,
Sara
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