Aqueles que, com bichos carpinteiros, falavam ainda há pouco tempo no presente envenenado que era candidatar António Costa a Lisboa e teorizavam sobre uma imaginária máquina de perder eleições criada por Sócrates, podem bem, agora, repensar as suas certezas.As surpresas e as confirmações não foram escassas, de Leiria a Felgueiras, de Lisboa aos Açores, dos Algarves ao Porto ou de Setúbal a Beja. Mas acabam por ser pouca coisa quando comparadas com o resultado final: apesar de a dispersão dos votantes ter dado (ainda) mais mandatos ao PSD, o PS foi o partido mais votado. A vitória do PSD nas eleições foi recebida pela direcção do partido como a derrota nacional que não esperavam e que são incapazes de, sequer, esconder.
Os «vencedores» de há duas semanas, do BE ao PP,também retornam ao Parlamento com uma auto-imagem mais terrena, graças a este novo acto eleitoral. Veremos então como se comportam as oposições daqui em diante.
Por tudo isto, mesmo os votos insuficientes para a vitória, de Cascais a Paredes, não foram inglórios. Todos estão de parabéns.
E, no caso particular de Beja, a que A Linha está a vários títulos associada, esses parabéns foram, a seu modo, apresentados já na noite de ontem no inqualificável discurso de Jerónimo de Sousa. Muitos parabéns, então.
Agora só falta o retorno de A Linha ao convívio com o público.
1 comentário:
Em Cascais existem 3 tipos de municipes:
23% que votam na coligação de Capucho e C.ª, para que o fluxo de subcidios, salarios e outros não seque e alimente toda aquela máquina de tentáculos longos.
18% que votam nos restantes partidos, e
59% que alheios e imunes á realidade, concentrados na vida de ratinhos a caminho da capital, NÂO VOTAM.
O resultado está à vista de todos e boa parte da responsabilidade é dos Socialistas, meus caros!
Sim, porque aparecem 15 dias antes das eleiçõs a distribuir uns autocolantes e afirmando que se preocupam....tretas. O que é preciso é trabalho, envolvimento, comunicação e relação com as pessoas.
Aos candidatos derrotados peço reflecção e, principalmente, acção. Sem elas nada mudará.
O Presidente da concelhia proferiu, à exactamente 4 anos, que a oligação havia de cair de madura nestas eleições, "uma questão de estatistica e ciclos eleitorais". Pois espante-se que até reforçou.
Daí o meu comentário, trabalho e acção precisa-se. Mudança precisa-se. Ou dentro de 4 anos o sabor será igual e Cascais é quem perde, sé é que alguém está preocupado com Cascais???
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