
No meio das repetitivas e inconsequentes notícias sobre o caso da criança "desterrada" para a Rússia por um juiz português, ninguém informa sobre a avaliação do juiz do caso. Ninguém sabe? Não interessa? O sindicato dos juízes não tem opiniões?
Perante o discurso do Presidente da República na tomada de posse do novo Governo, ninguém se pergunta que Presidente é este que afirma ignorar cálculos políticos. O PR não é agente politico, até unipessoal?
No mesmo discurso, soubemos pela boca do próprio PR - e não por fonte alguma - que a sua experiência o faz conhecer bem as dificuldades que um Presidente pode causar a um Governo. Deixando já de parte o tom egocêntrico e de auto-elogio de todo o discurso, impróprio até para uma pré-campanha, não seria motivo para estranhar? Afinal, não foi graças ao Presidente Soares que o executivo minoritário de Cavaco pôde governar e, quando derrubado na Assembleia, obteve em eleições a maioria absoluta? Curiosamente, ninguém estranhou a «referência» a Soares.
Tudo muito curioso. A menos que para os magistrados portugueses, e não apenas para o mais alto magistrado da nação, se aplique o estatuto de «eu não sou ingénuo» que Cavaco, em Setembro, reclamava para si. E para os jornalistas, curiosamente.
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