José Saramago presta ao povo português, mesmo após a sua morte, um testemunho pedagógico e um serviço de cidadania.
No momento de nos deixar o escritor mostra-nos que a República não tem Presidente e que este professor de botinas que ocupa tal lugar apenas se distingue do 'outro' porque os tempos mudaram ainda que a mentalidade reaccionária não.
Afinal, ao julgar que menospreza a memória desse cidadão exemplar, escritor, único português laureado com o Nobel da Literatura o 'dinossauro' de Boliqueime não faz mais que mimetizar a actuação que o malfafado 'dinossauro excelentíssimo' de Santa Comba Dão teve outrora para com um também grande que foi Egas Moniz.
Julgará com isso que está a 'comprar as pazes' com os sectores mais fundamentalistas do catolicismo ofendido pela recente promulgação do casamento homossexual. Talvez...
Mas isso evidência apenas que não é Presidente da República quem troca os seus deveres de Estado por um 'negócio de mercearia' eleitoral qual miserável cacique incapaz de compreender os deveres de ética e cidadania.
Obrigado Saramago por teres uma vez mais, separado os campos. Do teu lado fica a cultura e o futuro enquanto nas Furnas queda-se a arrogância senil dum passado que odeia os levantados do chão.
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