O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

domingo, 31 de outubro de 2010

As Eleições Autárquicas em Cascais de 2001 e 2005

Decorreu no passado dia 27 de Outubro, na Secção de Alcabideche, um debate promovido pelo Clube de Reflexão A Linha, que teve como tema as Eleições Autárquicas em Cascais de 2001 e 2005. Moderado pelo Camarada António Miranda, o presente debate contou com as presenças do Camarada Fernando Arrobas da Silva, candidato à Presidência da Câmara Municipal de Cascais em 2005, do Camarada Germano de Sousa, presidente da Assembleia Municipal de Cascais no 2.ª Mandato de José Luís Judas e candidato à Presidência da Assembleia Municipal em 2005, e do Camarada Umberto Pacheco, Presidente da Comissão Política Concelhia de Cascais em 2001 e 2005.

O Camarada José Lamego foi convidado pela Linha a estar presente neste debate, tendo declinado o convite por se encontrar afastado das questões autárquicas e mesmo da vida política. No entanto, sublinhou a importância da presente iniciativa e desejou as maiores felicidades ao Clube A Linha.

António Miranda, sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista e recordou os debates que A Linha tem realizado em torno deste tema. Contudo, para preparar o futuro, referiu que importa conhecer o passado, de modo a evitar erros cometidos e aprofundar a reflexão com a participação de todos, recordando os presentes que já passou um ano desde as últimas eleições autárquicas realizadas em 11 de Outubro de 2009. “Entendemos ser este o momento adequado para falar do passado de forma desapaixonada. Analisar todo o processo e comparar as campanhas, reconhecendo os erros cometidos se for o caso. Mais do que assacar culpas ou pedir explicações, importa deixar pistas para o futuro”, sublinhou António Miranda.

Umberto Pacheco iniciou a sua intervenção referindo que o Partido Socialista em Cascais terá de ter uma estratégia definida ao longo do tempo, identificando cinco eixos sobre os quais se deve estruturar uma campanha: o perfil do candidato, a escolha das equipas, o programa eleitoral, a equipa envolvida na campanha eleitoral, a que chamou de “exército”, e a logística a proporcionar pelas estruturas do Partido.

Ao analisar as campanhas eleitorais de 2001 e 2005, destacou as circunstâncias políticas específicas em que estas se realizaram e os perfis dos candidatos à Câmara, que eram muito distintos um do outro, sublinhando como a maior fragilidade das campanhas a questão organizacional. Apesar de uma melhor preparação na campanha de 2005, a falta de motivação do tal “exército”, a par com a falta de recursos para a campanha contribuíram para os resultados finais.

O Camarada Umberto Pacheco sublinhou ainda que cada uma destas dimensões carece de um trabalho específico e dedicado, que continua a tardar. Com efeito, a criação de uma estratégia de intervenção política nas freguesias é possível, sobretudo por via de uma relação estreita com o eleitorado, destacando como exemplo o trabalho realizado por José Luís Judas durante as eleições autárquicas que lhe valeu a vitória em Cascais.

Por fim, recordou que notoriedade não é sinónimo de credibilidade para o eleitorado, e nem sempre a escolha de um candidato feita apenas tendo em atenção esta dimensão é bem sucedida, muito pelo contrário.

Por seu turno, o Camarada Fernando Arrobas da Silva, começou por reconhecer que a imagem que ainda persiste é a de um candidato ‘sozinho’, expressando que mesmo em circunstâncias diferentes, ‘a derrota é igual’. Arrobas da Silva identificou pequenas diferenças nas recentes campanhas, mencionando que pouco se aprendeu e pouco conhecimento e experiência se retirou das eleições anteriores.

Referiu ainda que o Partido Socialista é o maior partido político português e que em condições normais ganharia as eleições autárquicas e é por isso que se mantém esta coligação entre o PSD e o CDS. Apesar da reduzida dimensão nacional, o CDS em Cascais continua a ter uma importante base de apoio eleitoral. Neste sentido, defende que o PS deverá no futuro estabelecer uma coligação pré-eleitoral com o PCP.

Arrobas da Silva, fez ainda um balanço do seu mandato enquanto Vereador, deixando duras críticas ao executivo da coligação PSD/CDS.

Finalmente, o Camarada Germano de Sousa fez referência à importância da constituição das listas. O modo como estas são constituídas é um factor fundamental para o sucesso das eleições. “Importa abrir as listas a pessoas fora do Partido” sublinhou. Chamou ainda a atenção para o programa eleitoral, o qual tem de ser feito atempadamente e com o envolvimento das forças vivas de Cascais.

Mais referiu que urge pensar numa campanha em regime de continuidade, acompanhando esta a estratégia política do partido, tendo ainda de lhe estar associada uma estratégia eleitoral.

O Camarada Germano de Sousa acrescentou que sobre o candidato, “este deve ser escolhido hoje, para começar a trabalhar em Cascais já amanhã”. O candidato tem de conhecer Cascais, viver Cascais, de modo a provar que está preparado e que é capaz de fazer melhor em Cascais do que a actual coligação. Para tal, importa ter presente o papel fundamental que a comunicação social desempenha, devendo esta ser substancialmente melhorada.

Após as intervenções, foi aberto um espaço de debate, onde foi possível aos presentes colocarem questões aos convidados, nomeadamente questões como a, tendo ainda a Juventude Socialista deixado a sua preocupação com a falta de articulação e colaboração entre secções.

A estas intervenções seguiu-se um participado debate. Entre as questões abordadas foi dado especial enfoque nomeadamente à elevada taxa de abstenção no Concelho de Cascais, à falta de articulação e colaboração entre as estruturas políticas locais e a definição estratégica e consequente implementação que tarda em acontecer.

6 comentários:

mdab disse...

Surpreendente esta sessão.
Com um tema que aparentemente condicionava o debate, tornou-se num dos momentos mais ricos que assisti nas iniciativas de A Linha.
A abordagem descomplexada pelos intervenientes (moderador e convidados) dos aspectos negativos e positivos das eleições de 2001 e 2005 proporcionou uma noite de verdadeira REFLEXÂO POLÌTICA.
A forma descontraída como analisaram e teorizaram sobre o trabalho no terreno desenvolvido nessas épocas foi delicioso e revelou-se um testemunho importante para o PS CASCAIS em termos de trabalho autárquico futuro.
Parabéns aos convidados, ao Clube d'A LINHA e à Secção de Alcabideche.

LR disse...

Parabéns por mais esta importante iniciativa, mas lamento que o Presidente da Comissão Política e alguns outros militantes que o seguem com uma fidelidade canina não entendam a importância desta discussão.
O PS continua ausente e sem liderança e não tenham ilusões os camaradas porque por este caminho não vamos lá.
Resta-nos o trabalho da Linha que é sem dúvida uma lufada de ar fresco num concelho once o PS continua a afundar-se devido a interesses pessoais que nos prejudicam a todos.
É caso para dizer Acorda Cascais!

Luis Miguel Reis disse...

Parabéns à "Linha" por esta iniciativa bem como aos camaradas da Secção de Alcabideche que colaboraram com mais esta iniciativa.

O caminho para uma vitória autárquica em 2013 está ai, desde que saibamos transformar aquilo que nos ameaça em oportunidades.

Camaradas, o trabalho, o empenho e dedicação de todos, só serão reconhecidos se todos trabalharmos para que o PS ganhe e o PS só ganha com todos envolvidos neste espírito.

Todos fazemos falta a esta demanda pelo que proponho que nos foquemos no essencial. Continuemos a trabalhar.

Luis Miguel Reis disse...

Queria deixar um comentário em relação ao que o "LR" disse (seria importante usarem identidades registadas para não dar azo a confusões).

É importante sublinhar o trabalho e a prática proactiva da Linha, mas algumas das considerações que tece vão ao encontro exactamente daquilo que não devemos fazer.

Todos contamos e devemo-nos concentrar em encontrar o nosso papel no meio de um projecto colectivo, preocupando-nos apenas com o nosso contributo, o resto vem com o tempo.

Saudações.

Clube de Reflexão Política - A Linha disse...

Caros camaradas,
Agradecemos as observações e principalmente a participação de todos.
Este debate procurou ser mais um momento de reflexão em torno de experiências e modelos seguidos no passado e que pelo distanciamento temporal permitem uma análise desapaixonada.
Não podemos deixar de agradecer ao Coordenador da Secção, e nele deixamos o nosso profundo agradecimento a todos os militantes de Alcabideche.
O trabalho tem de ser prosseguido com a participação e o empenho de todos, porque nunca seremos demais.
Abraço fraterno,
Fernando Montenegro

mdab disse...

Ao deixar o meu primeiro comentário, inadvertidamente não me identifiquei.
Por uma questão de facilidade utilizei uma conta que uso normalmente para outros fins que não este blog.
Mas para que não fiquem dúvidas e porque concordo com o Luís Reis quanto a possíveis confusões esclareço que sou o Vitor Miranda da Secção de Carcavelos.
Um abraço