"Aquilo em que sempre acreditei é que os Partidos Políticos têm uma responsabilidade determinante na transformação das democracias modernas, quer por via do conjunto de valores que defendem, quer pela capacidade permanente de adaptação a novas realidades e a novos desafios, que os obriga a procurar e ter respostas às questões concretas da economia, da ecologia e da sociedade.Por isso, acredito em partidos abertos, dinâmicos, capazes de ouvir, sentir e projectar o pulsar da sociedade. Uma sociedade, ela própria, que deve ser interventiva e ousada, capaz de colocar desafios de mudança aos partidos políticos.
Os Clubes de Política são instrumentos de interacção e abertura ao debate, de reflexão e estudo, mas principalmente de estruturação do pensamento político, que devem ser objectivos a prosseguir no espaço de uma esquerda moderna e progressista.
Temos de conhecer os novos desafios e desenhar estratégias mobilizadoras. O país foi muito marcado, nos últimos anos, pelas questões financeiras. Temos que virar mais as nossas energias para o desafio da economia e das empresas e, acima de tudo, para o desafio da qualificação das pessoas, com respeito pelo nosso território. Temos de realizar uma grande mudança na organização e cultura dos serviços públicos que permita melhorar definitivamente a sua relação com os cidadãos e com as empresas. O caminho da desburocratização tem de continuar.
O Clube "A Linha" tem dado um contributo de afirmação dos espaços de debate político, resistiu ao efeito centrifugador que o poder sempre exerce sobre os Partidos, os seus militantes e simpatizantes e não desistiu de provocar...Bem precisamos".
Miguel Freitas
Presidente do PS Algarve
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