O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A Revolução já passou por aqui! E para onde foi ela?

O fim-de-semana terminou. Hoje é o dia de respirar de alívio. A Revolução já passou por aqui. Os jovens já se manifestaram e o país parou para os ouvir, para os ver, para ler os seus cartazes e para fazer juízos sobre o que aconteceu. Hoje é dia de parar para pensar. É o dia para ler as propostas que cada um dos manifestantes escreveu na sua folha branca! E aqui começam as dúvidas. Onde se colocavam as folhas brancas? Quem as recebeu? Eu estive lá e confesso que não vi nem depósitos para estas folhas nem quem estivesse minimamente habilitado para orientar quem pretendesse depositar as suas propostas. Ora, lançada a ideia, parece-me que este terá sido um dos pontos fracos da manifestação. Mas outros poderão surgir. Na verdade, um movimento absolutamente fascinante como este, com a capacidade de organização que este apresentou, veio comprovar que esta geração, apesar de alguma inércia, quando comprovadamente se justifique, é capaz de se unir em torno de uma preocupação comum – os seus projectos de vida e de futuro. Estes podem ser absolutamente divergentes. E serão certamente. As soluções para o futuro do Estado (Economia, Emprego, Educação, Saúde, etc.) seriam (gostava de as ler uma a uma) também muito pouco consensuais. É natural e compreensível. Como a Marta Rebelo já teve oportunidade de escrever, esteve lá gente de todos os estratos, idades e vontades e por isso qualquer consenso seria absolutamente forçado. Mas, finda a manifestação, estará o protesto esgotado? Acredito que não, desde que não se caia no erro de pretender repetir a façanha de Sábado. Agora é o momento de a Sociedade Civil que desceu as avenidas de Portugal se unir em torno de objectivos comuns. De se organizar em torno das suas preocupações particulares. De se organizar geograficamente. De burilar as propostas que cada um levava consigo e de, enfim, as apresentar trabalhadas. O momento daqueles quatro jovens do Facebook, esse sim terá terminado, a menos que pretendam unir-se e, eles próprios criarem uma estrutura que congregue todas aquelas susceptibilidades e esperanças. Será possível gerir tal melting pot? Se sim, estarão eles disponíveis para isso uma vez que rejeitaram toda e qualquer ligação às instituições partidárias existentes? Senão, deverão todos aqueles jovens diluir-se nos partidos do sistema? A manifestação passou, venceu e foi indispensável para fazer passar uma mensagem fundamental. A minha geração (e eu nela incluído) está à rasca. As soluções, essas, são complexas e dificilmente este ou outro Governo terá capacidade para as implementar com eficiência, eficácia e ainda rapidez. Compete-nos a nós fazer parte da solução e não esperar que alguém a entregue às nossas portas qual senhor das pizas. A Revolução venceu, agora há que trabalhar nela.


Artigo publicado no Blogue de esquerda da Revista Sábado em 14/03/2011
http://www.sabado.pt/Blogues/Blog-de-Esquerda/Marco-2011/A-Revolucao-ja-passou-por-aqui!-E-para-onde-foi-el.aspx

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