O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Depois do 1º de Maio

Após uma semana calma, estranhamente calma na verdade, que mediou as comemorações modestas do 25 de Abril atenuadas pelas celebrações Pascais e as do 1º de Maio obscurecidas pelo Dia da Mãe, em Lisboa, como um pouco por todo o país, pequenos grupelhos de sindicalizados, mobilizados pelas suas estruturas corporativas, reuniram-se exigindo a manutenção de garantias que, dada a conjuntura, parecem estar ameaçadas. Estranha ironia, de facto, quando em causa está muito mais do que isto.

Que o país está em crise, é hoje um facto absolutamente aceite. Que a crise nos obriga a esforços extra parece ser algo de todo inegável. Que a pretexto da crise empresas que, não obstante os seus enormes lucros, têm limitado as ofertas salariais aos seus colaboradores é um facto também evidente. Que sob a justificação da crise estas mesmas empresas aceitam participar num jogo em que a parte mais fraca é levada a aceitar regras onde o conceito de justiça é inexistente, é igualmente indesmentível. A formação pessoal, académica, profissional tornam-se elementos de exclusão, o que à partida não seria de esperar.
Veja-se o caso dos estagiários profissionais que, após terminado o estágio, quando a entidade acolhedora os pretende reter, são levados a aceitar condições remuneratórias piores do que as que lhes foram apresentadas enquanto estagiários. A razão porque isto acontece é simples. A conjuntura obriga!

E apesar do enorme número de desempregados, apesar do crescente número de usufrutuários do RSI, apesar da enorme taxa de desemprego entre jovens licenciados, apesar de uma manifestação de 200.000 jovens que desceram a Avenida da Liberdade, hoje os líderes das duas centrais sindicais falaram para uma multidão de apenas cerca de 2000 pessoas. Parece-me de um total desfasamento da realidade.

Pois se os partidos políticos se voltaram para a problemática da sustentabilidade do sistema de saúde, das garantias sociais na reforma, para as questões do sistema tributário e fiscal e deixam de lado aquele que é sim um verdadeiro problema para o país e para a economia Nacional, o desemprego, então algo vai muito mal. Mas quando os próprios sindicatos se centram na defesa de questões corporativas em detrimento da defesa da criação de postos de trabalho, então não há algo que vai mal. Está é tudo mal.
O país precisa de criação de postos de trabalho. Os sindicatos, para terem uma razão de existência precisam de empregados. Se querem crescer e ter força nas negociações da concertação social, então têm que redireccionar a agulha. A defesa de questões corporativas é absolutamente irrelevante para quem luta por um posto de trabalho e por isso os sindicatos nestes dias vivem um momento de oportunidade que, pelos vistos, não estão a saber entender.

Hoje foi dia do trabalhador. Ou seja, foi um dia em que cerca de 12% da população não teve as menores razões para celebrar. À falta de melhor celebrou-se o dia da mãe.

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