A Europa que historicamente se habituara a ter os olhos do mundo virados para si, estava ontem de olhos postos nos EUA. A Europa, a Ásia, África, enfim, o mundo ansiava pela mudança de paradigma político na administração americana e queria vê-lo surgir em primeira mão. Obama comparou o momento da sua eleição à chegada do homem à lua e à queda do muro de Berlim. Efectivamente a comparação poderá parecer exagerada, porém deixa transparecer a força e a vontade de levar a efeito alterações tão substanciais quanto foram as provocadas por estes acontecimentos.
A Europa, quase que fazendo um mea culpa, queria ver Obama na Casa Branca. Mesmo que isso não represente, e não representará de todo, que o novo presidente dos EUA porá os interesses europeus num patamar de maior relevância do que Bush os havia colocado. Na verdade o presidente americano terá sempre como core da sua actuação os problemas dos americanos. A influência que poderá sentir-se na Europa terá que ver necessariamente com o cruzamento de interesses estratégicos entre as duas potências.
Todavia, nesta nova era política e económica, o facto de haver uma maior identificação política entre os actuais líderes europeus e a administração americana, facilitará decerto a relação euro-atlântica. Necessário é que os Estados europeus não sintam esta eleição tão sua que esperem (sentados) que as soluções para a estagnação da economia venham apenas dos EUA.
Rui Estêvão Alexandre
Membro Fundador do Clube de Reflexão Política a Linha
1 comentário:
Eu tenho um sonho.
Sonho que um dia os homens se levantarão e compreenderão que são feitos para viver como irmãos.. será um dia maravilhoso!
As estrelas da manhã cantarão juntas e os filhos de Deus gritarão de alegria!
MARTIN LUTHER KING
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