O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

sábado, 8 de novembro de 2008

Para Obama

...
O lugar onde se ergue uma grande cidade não é simplesmente o lugar de
longos cais, docas, manufacturas, armazéns,
Nem o lugar onde, sem cessar, se saúdam os recém-chegados ou os que
levantam a âncora da partida,
Nem o lugar dos edifícios altos e sumptuosos ou das lojas que vendem
mercadorias vindas do resto da terra,
Nem o lugar das melhores bibliotecas e escolas, nem o lugar onde
existe mais dinheiro,
Nem o lugar da população mais numerosa.

Onde se ergue a cidade com a estirpe mais vigorosa de oradores e bardos,
Onde se ergue a cidade que é amada por estes, e em troca os ama e os
compreende,
Onde não existem monumentos a heróis a não ser nas palavras e nos
actos do dia-a-dia,
Onde a economia está no seu lugar, e a prudência está no seu lugar,
Onde os homens e as mulheres pouco pensam nas leis,
Onde o escravo deixa de existir, e o dono dos escravos deixa de existir,
Onde a gente comum se levanta prontamente contra a eterna ambição dos eleitos,
Onde os homens e mulheres destemidos se precipitam como o mar que, com o
silvo da morte, lança as suas ondas impetuosas e terríveis,
Onde a autoridade exterior entra sempre precedida da autoridade interior,
Onde o cidadão está sempre à frente e é o ideal, e o Presidente, o Mayor,
o Governador e os restantes são agentes pagos,
Onde as crianças são ensinadas a ter as suas próprias leis, e a depender de si
mesmas,
Onde a rectidão se reflecte nos negócios,
Onde as especulações sobre a alma são encorajadas,
Onde as mulheres caminham com os homens em procissões públicas
pelas ruas,
Onde elas entram nas assembleias públicas e tomam os seus lugares como os homens,
Onde se ergue a cidade dos mais fiéis amigos,
Onde se ergue a cidade da pureza dos sexos,
Onde se ergue a cidade dos pais mais saudáveis,
Onde se ergue a cidade das mães mais fortes,
Aí se ergue a grande cidade.


Walt Whitman (1819-1892), excerto de ‘Canção do Machado’, in Folhas de Erva, Relógio d’ Água, trad. Mª de Lourdes Guimarães (adaptada)

Foto: www.independent.co.uk/multimedia/archive



(ed.: João Santos, A Linha)

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