Já o arrastar do assunto TGV/Espanha é um erro, que indicia lição não aprendida das Europeias. Quem quiser perceber o oportunismo do PSD sobre o TGV ou a hipocrisia pessoal da ex-administradora do Santander já percebeu, não agora mas há muito. Ou Sócrates, no debate, tinha feito uma defesa da honra em estilo parlamentar (o que poderia vitimizar «a pobre senhora», ainda bem que não seguiu essa via) ou respondia depois. Mas ao fim de quase uma semana, continuar à volta disto é dar a agenda ao PSD, deixando criar a ilusão que o PSD tem ideias e que são elas a determinar a campanha. É repetir a deriva de Vital Moreira há meses, quando anunciou uma agenda e acabou a rebaixar-se a nível dos BPN's deste mundo e da campanha trauliteira de Paulo Rangel. Marcar a agenda, e no que realmente importa aos eleitores (desemprego, segurança social, saúde), é o que pode convencer indecisos (sobretudo entre os que hesitam em votar de todo) e dar a vitória ao PS.
Sobre isto, outra coisa a pensar seria a comunicação. Personalizar parece opção duvidosa junto dos indecisos. (Desabafo melancólico de quem registou os gritos por Sócrates e não pelo PS na última Convenção.) E campanhas publicitárias como a das criancinhas a festejar por receberem «o cheque» (dentário) custam a engolir, por muito boas e eficazes que sejam as políticas públicas.
Carlos Leone
2 comentários:
Carlos,
Não podia estar mais de acordo consigo.
Abraço e faz falta a boa reflexão neste país.
Completamente de acordo.
Resta-me acrescentar que a falta de visão do "PSD"( estão mesmo a precisar de uns cheques para o oftalmologista ) e mais, o caderno do programa do "PSP" não tem pernas para andar.
O conselho que lhes deixo é; Apanhem uma boleia no "TVG" ponham-se andar daqui para fora....!!
Com eles não se passa da cepa torta...!!
Elisabete
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