Prevista para durar cerca de hora e meia, estendeu-se por mais de três, sempre com o Secretário Geral em ritmo de elevado rendimento. Pequenos problemas na moderação da mesa (comuns nestas coisas) e na transmissão pela Web (normais por esta ter sido a primeira iniciativa do género) não atrapalharam o essencial: a resposta directa às interpelações dos novos media.
O Clube A Linha interveio para questionar José Sócrates sobre a pertinência e a possibilidade de, num futuro próximo, o Plano Tecnológico poder incluir medidas destinadas ao desenvolvimento do voto electronico, em particular assegurando a mobilidade que a internet hoje já permite, para exercer o direito de voto. Enquanto pergunta e proposta, a intervenção foi feita dando continuidade às iniciativas públicas anteriores do Clube, como a que juntou o coordenador nacional do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho (ontem também presente, muito activo no twitter), ao Clube no último dia 2 de Abril.
Em resposta, José Sócrates saudou a proposta como meio de combate ao abstencionismo e salientou dois aspectos. Um, prévio a qualquer medida: a redução da abstenção técnica, «limpando» os cadernos eleitorais de quem não deve neles figurar. O outro aspecto foi a natureza pessoal do voto, o recolhimento de que se deve revestir esse acto cívico singular e, portanto, o condicionamento posto por essa natureza no recurso à tecnologia. Com estas duas observações, José Sócrates deixou expresso o caminho a seguir nesta matéria, pois, em termos tecnológicos, há já recursos disponíveis para fazer avançar projectos como o proposto pelo Clube.
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2 comentários:
Que direi quanto ao voto electrónico? A verdade é que este seria apenas mais um instrumento de voto e, nessa perspectiva, até sou capaz de concordar com ele no imediato. Porém, apesar de todo o magnânimo esforço empreendido durante a última legislatura, ainda temos uma grande fatia da população vulgarmente designada de infoexcluída. E, enquanto o uso deste meio de comunicação e interacção não fôr verdadeiramente abrangente, julgo que avançar para uma solução de voto electrónico será avançar por caminhos ainda pouco explorados. Diga-se que, hoje em dia, podemos confiar menos numa sondagem feita on-line do que poderíamos confiar numa sondagem telefónica nos anos 90. A NET é ainda um meio muito fechado. Para o imediato julgo que a ideia do voto presencial numa qualquer mesa do país (através de cadernos electrónicos) era bem mais praticavel, visto que esse seria um esforço primeiramente exigível à própria administração.
Estamos no bom caminho!!
Vamos avançar!!
Elisabete
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