O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Direita e as direitas

Este título, surripiado a Jaime Nogueira Pinto, vem a propósito da coincidência das eleições do PSD, da resolução sobre o PEC na Assembleia da Republica e da entrevista de Paulo Portas na RTP, ontem.

Num país em que a Direita sociológica não tem verdadeira representação política, compreende-se melhor a sua aliança parlamentar com a Esquerda revolucionária (que também esconde do exterior o seu repúdio pela democracia constitucional que temos). Que dizer de uma direita cujo maior partido se diz social democrata? Apenas que ninguém, entre os quatro candidatos à presidência do partido, afirma qualquer valor compaginável com a social democracia: Passos Coelho reproduz a ladaínha dita (e mal) neoliberal que nos trouxe a este beco civilizacional; Rangel ensaia um populismo dos «de baixo» com os «de cima», puxando o partido para uma direita que nunca representou explicitamente; Castanheira Barros não diz nada, em rigor; e Aguiar Branco, além da promessa de deixar a direcção da sua bancada parlamentar, reclama uma social democracia inspirada em Sá Carneiro. E, ao menos por isso, valeria a pena perguntar a todos eles: foi a política de Sá Carneiro social democrata? Que todos falem dele no PSD sem que ninguém se dedique a examinar o que valeu aquela política é sintomático. E, não por acaso, as medidas populistas, irresponsáveis e ruinosas da AD foram conduzidas desde as Finanças pelo actual Presidente da República. Parece que ainda não será desta que o PSD se livra do fantasma de Sá Carneiro e da longo braço de Cavaco.

Já Portas deu uma entrevista cheia de nada. «Pode ser que tenha de vir a perguntar isto e aquilo ao futuro líder do PSD», foi avisando a entrevistadora. Assinalável, apenas a pressa em apoiar a esperada recandidatura presidencial, antes mesmo do PSD. O cavaquismo está bem e recomenda-se, como se vê pelo empenho do seu grande beneficiário político, o sensacionalismo de «O Independente». Este espasmo por notoriedade espelha bem o seu contraponto parlamentar, Louçã. E diz muito sobre a precaridade da governação.

Nisso, e debalde os esforços do Governo, a votação sobre o PEC, ontem na Assembleia, não irá mudar muito. Falta legislar quase tudo o que compõe o programa. E, se os próximos Orçamentos podem acomodar essas decisões, menos provável é que a «Esquerda» abdique de bandeiras em vésperas de presidenciais e que a Direita desenvolva um programa próprio quando uma nova liderança do PSD luta com Portas pelo protagonismo...

Em tudo isto, falta ver como reage o PS das bases ao PEC e ao resto. Nas secções, o descontentamento é muito. Mas já na próxima Segunda, no Altis, há oportunidade para se ver isso.

1 comentário:

Anónimo disse...

A Ferrostaal Pagou
A revista alemã “Der Spiegel” escreveu na sua edição "on-line" o seguinte texto em alemão, seguido aqui da tradução respectiva:


Ferrostaal soll auch für andere Firmen Schmiergeld- Geschäfte organisiert haben

Der unter Korruptionsverdacht stehende Ferrostaal-Konzern hat offenbar nicht nur selber jahrelang Schmiergelder bezahlt, sondern vermutlich auch für andere Unternehmen die Zahlung von Bestechungsgeldern organisiert.

Im Zentrum des aktuellen Schmiergeldskandals steht jedoch die Lieferung zweier U-Boote an Portugal. Ferrostaal, das zusammen mit HDW und den Thyssen Nordseewerken geboten hatte, gewann im November 2003 den 880-Millionen-Euro-Auftrag. In den Akten der Ermittler heißt es, dass ein portugiesischer Honorarkonsul bei der Anbahnung des U-Boot Geschäfts behilflich war. Der Nebenjob-Diplomat habe im Sommer 2002 sogar ein direktes Gespräch zwischen einem Ferrostaal Vorstand und dem damaligen portugiesischen Premierminister José Manuel Barroso vermittelt. Insgesamt soll der Honorarkonsul für seine "zielführende Assistenz" letztlich gut 1,6 Millionen Euro kassiert haben. Die Münchner Staatsanwälte stießen bei dem Geschäft auf mehr als ein Dutzend verdächtige Vermittlungs- und Beraterverträge. Sie alle sollen, so steht es in den Ermittlungsakten, "zur Verschleierung von Zahlungswegen" gedient haben, um diese "an Entscheidungsträger der Regierung, der Ministerien oder der Marine Portugals als Bestechungsgelder" weiterzugeben. Ferrostaal will sich wegen der laufenden Ermittlungen zu den Vorwürfen nicht äußern.

Tradução:

A Ferrostaal terá também organizado negócios de corrupção para outras empresas.

O Grupo Ferrostaal, que está sob a suspeita de corrupção, não só pagou durante anos luvas como terá organizado o pagamento de dinheiros corruptos de outras empresas.



No centro do escândalo do pagamento de dinheiros corruptos está o fornecimento de dois submarinos a Portugal. A proposta da Ferrostaal em conjunto com a HDW e a Thyssen Nordseewerke ganhou em Novembro de 2003 o contrato no valor de 880 milhões de euros. Nas actas dos investigadores judiciais está dito que um cônsul honorário colaborou na execução do negócio. O diplomata em tempo parcial organizou um encontro entre um administrador da Ferrostaal e o então primeiro ministro José Manuel Barroso. No total, o cônsul honorário recebeu pela sua “assistência objectiva” 1,6 milhões de euros. A Procuradoria de Justiça de Munique encontrou mais de uma dúzia de contratos de mediação e consultadoria que se destinavam a disfarçar o pagamento de luvas a “decisores do Governo, dos Ministérios e da Marinha de Portugal”. Ferrostaal recusa-se a fazer qualquer declaração devido às investigações em curso.


A revista "Der Spiegel" em papel informa que o Sr. Klaus Leske, administrador da Ferrostaal" foi preso preventivamente em Munique devido a este caso de corrupção que parece não alarmar em nada o DCIAP ou o Procurador da Justiça. Como não se trata do Sócrates, a Justiça Portuguesa comandada pelo Sr. Palma não investiga.