O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ana Oliveira: A Cor do Mapa

Aos olhos compete observar, à mente reflectir e ao que deles é propriedade agir em consciência.

Comemorados há dias os 100 anos da Republica cabe em cada um de nós, um pensamento único, próprio e partilhável. Ora se da República falamos não é difícil de lembrarmos o Ultimato Inglês de 1890. Não ousarei referir a medida da crise económica e financeira, senão centrar a observação na esfera político-social. Não se pretende de alguma forma conceder o equilibrado quotidiano às exigências politicas de uma direita descentrada e desviada do social, criando uma forma de estar ferida aos cidadãos, que mais tarde acusarão aqueles que agora se auto proclamam como a necessidade emergente e não assumirão responsabilidades, a não ser num momento de viragem que lhe seja contundente com objectivos egoístas que resultam do percurso da própria história.

Urge que seja desencadeado um reposicionamento sustentado. Se o denominarem de mudança estará correcto; se a designação for a da personalização participativa das políticas assume-se também a integração com a necessidade eminente.

Recordem-se os diálogos platónicos e caminhe-se pela investigação qualitativa, que se entende o perfeito encaixe da palavra grega kibernao (kiber + nao = governo da nau). Que modelo e que futuro sem uma adequada consciência do social sobre a ambição de poder e insustentada e manifesta intenção de governação de sistemas e de guerras?!

Esta é uma fase de transição. Difícil. Acredito que não será uma casta burocrática limitadora dos direitos, potenciadora do clientelismo político, criadora de rupturas ideológicas e cujas ideias contrastam negativamente com a persistente debilidade politica do momento que carece de presenças firmes e sérias, e não da intervenção que resulta do querer estar no poder.

Não será pela via deste clientelismo nem pela criação de relações entre elementos de uma classe social única que se quer implantar, que emergirá o crescimento do emprego, alterações nos serviços de saúde, desenvolvimento do sector primário, igualdade de oportunidades crescente, modelos de governabilidade alternativos e equilibrados. O equilíbrio político que uma esquerda unida possa conseguir, criará incentivos económicos e sociais que estimularão o ‘voltar a acreditar’ potenciador de dinâmicas adormecidas e participação perdida.

Afinal as tormentas que se atravessam não resultarão de uma crise da verdade, da ética e da confiança?

Os pontos críticos como o crescimento de um défice, de uma taxa, a desvalorização de um indicador, assentam na profundidade do Humano que gere dinheiros públicos, do Homem que tem intervenção política e do Ser cuja inteligência relacional pode ser potenciada em prol do bem comum? Todos nós?!

Fico por aqui, mas ciente de que a "grande crise é a tragédia de não querer lutar para a superar" (Einstein).

Ana Oliveira
Economista
Clube de Reflexão Política A Linha

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