O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Paulo Ferreira: O Preço da Esperança

Em tempo de reflexão sobre política europeia, as questões económicas assumem um lugar de especial importância, desde logo, porque, como todos sabemos, vivemos uma crise profunda, cujos sinais aparentemente contrastantes, ainda não nos permitiram sair do natural estado psicológico de perplexidade, de tal modo que há até quem fale, não em uma crise, mas em diversas crises sucessivas.

Com efeito, verificámos, de forma praticamente inédita, a uma subida vertiginosa do preço do petróleo, seguir-se a sua queda imparável.
Na verdade, sou da opinião de que se trata de duas manifestações do mesmo problema estrutural, qual seja, o da dependência energética da Europa relativamente aos países da OPEP.

Com a crise do sub-prime dos Estados Unidos da América, verificou-se uma deslocação do investimento em activos de imobiliário para as matérias-primas, em particular e pela sua magnitude, para o petróleo.

A Europa, vulnerável, ao descontrole induzido pela especulação nos mercados financeiros reagiu através do seu Banco Central com uma política de choque, fazendo subir sistematicamente a sua taxa de juro de referência. Esta medida revelou-se eficaz, dada a dimensão da redução do consumo que gerou.

Entre dois males, o da recessão económica induzida pelo encarecimento do petróleo ou o que resulta da retracção por via do encarecimento do dinheiro, a Europa preferiu este último. Ou seja, passámos a viver com menos (petróleo), mas vivemos com aquilo que temos.

Aquela consideração que se faz muitas vezes a propósito do crédito, vale afinal, também para o chamado ouro negro: Efectivamente, temos vivido muito acima das nossas possibilidades. Tratando-se esta, de uma crise estrutural, a única e autêntica resposta que lhe pode ser dada é aquela que o Governo Português tem preconizado, com a autêntica revolução energética cujo esforço lidera, apostando nas energias renováveis, no carro eléctrico e na ferrovia, assim progressivamente nos libertando da dependência do exterior.

É este o exemplo que deverá ser seguido para sairmos da crise e é esta a derradeira e única via credível de esperança económica para nós, europeus.

Paulo C. Ferreira
Jurista
Membro fundador do Clube de Reflexão Política A Linha

1 comentário:

Rui Estêvão Alexandre disse...

Bom post Paulo. A verdade é que o nosso estilo de vida tem um custo demasiado elevado, mas que podia ser substancialmente reduzido. Bastava que se mudasse a atitude com que encaramos, frequentemente, os recursos que nos são dados a gerir.
Vale a pena explorar este ponto que levantaste.
Um abraço