Um dos jornais de ampla distribuição gratuita em Cascais publica uma extensa entrevista eleitoral com António Capucho. É uma conversa feita ao jeito aristocrático e 'messiânico' que o presidente da Câmara gosta de cultivar.
Diz ele que “a falta de transparência e a arrogância do PS atingiram o cúmulo” mas a entrevista ilustra à saciedade que, em tais desvarios, o PS fica muito aquém do ilustre autarca. Ele, que em seu redor só vê, como melhor que a sua augusta obra, “o Palácio do Marquês, em Oeiras, o Palácio da Pena, em Sintra e o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa” reivindica para si a glória de ter resolvido uma situação catastrófica que herdou com uma ”malha urbana que, em alguns aspectos, vem da era medieval” e assegura que, com ele, “a qualidade de vida melhorou substancialmente”.
Qual 'messias das gentes cascalenses' ilustra a superior dimensão da sua obra atestando que para além da “Quinta do Barão e da Loja do Cidadão tenho mais de vinte [20!] coisas que estão em marcha”. Reconhece que tão majestática obra lhe tem dificultado dar os conselhos à Drª Manuela Ferreira Leite quanto esta tanto gostaria mas, desde já, tranquiliza que tem assegurada a sucessão em Carlos Carreiras, pessoa”de funções políticas muito relevantes”.
Mas para além desta habitual 'presunção e água benta', de que o altivo autarca tanto gosta, há, na entrevista, indicações curiosas sobre os vectores eleitorais da sua próxima candidatura. Ainda que sendo estes, no essencial, iguais aos de há quatro anos não deixa de surpreender verificar que persiste o vazio total de projecto e a costumeira vitimização mas acresce, em doses massivas, o recurso a expedientes de manipulação.
Em síntese a visão do homem que há oito anos dirige, com poder absoluto, a Câmara de Cascais reduz-se a três linhas essências.
• Primeira, tudo o que está mal foi culpa da vereação de José Luís Judas.
• Segundo, apesar da 'pesada herança' ele, Capucho, salvou Cascais.
• Terceiro, tudo o que de melhor acontece, ou possa vir a acontecer, em Cascais é obra sua (mesmo tendo sido outros a fazê-la).
Quando, em 2009, um governante que está em exercício com maioria absoluta, há já oito anos, invoca a obra realizada entre 1993 e 2001, ou seja entre há 16 e 8 anos, como justificação dos seus próprios erros, insuficiências e omissões só é possível confirmar que esse (isto é, o Dr António Capucho) falhou rotundamente e é irresponsável.. Francisco Sá Carneiro terá avisado um dia os seus ministros «meus senhores têm seis meses para criticar o anterior governo, a partir daí a culpa é nossa» mas o actual presidente camarário pensa que pode esconder-se eternamente por detrás de uma pressuposta acção realizada outrora pelo PS.
Acresce, e é tempo que tal se diga claramente, que esse 'mito do betão' é uma construção falseada pelo PSD e outros aliados para fins político-partidários mas só muito parcialmente tem alguma correspondência com a realidade. De facto o período de gestão da Câmara liderado por José Luís Judas foi o mais dinâmico das últimas décadas tendo respondido adequadamente a muitos dos problemas que Cascais acumulara e alguns erros então cometidos constituem aspectos menores que, de modo algum, ofuscam o conjunto da obra que deixou em Cascais.
A tentativa de assassinato político e cívico de que José Luís Judas foi alvo ao longo dos últimos anos, e que finalmente se saldou na confirmação pública e inequívoca da sua total inocência face às acusações que contra ele foram erguidas, facilitou a permanência do 'mito do betão' como seguro de vida para a incompetência do PSD e de outros.
Essa é uma história subterrânea que importa esclarecer com rigor e total transparência mas, na verdade, a vereação PS da Câmara teve, nos anos 90, que resolver o grave problema dos muitos bairros de barracas e das enormes manchas de construção clandestina que existiam no concelho. Em meia dúzia de anos isso foi feito com iniludível determinação e capacidade de resposta numa autarquia que não dispunha de terrenos próprios suficientes e onde pesaram interesses territoriais poderosos como, nomeadamente, os da Quinta da Marinha. Tal teve como consequência que, num período relativamente curto, em algumas zonas a construção habitacional , directa e indirectamente resultante dos realojamentos, teve um significativo e talvez excessivo incremento.
Transformar essa realidade, de que o Centro Comercial junto à estação foi erigido em indesejável símbolo, no mito de que o concelho se havia convertido num estaleiro de permanente construção foi, sobretudo, uma sábia habilidade do aparelho de propaganda do PSD/CDS e de alguns seus estranhos aliados.
É desse mito propagandistico que Capucho se continua a querer valer numa despudorada mistificação com a qual pretende desculpabilizar os níveis de construção que a sua vereação alimenta. A diferença é que José Luís Judas, a seu tempo, confrontou-se com esse problema porque tinha que erradicar as barracas e recuperar os clandestinos mas Capucho encontrou essas questões resolvidas e a construção excessiva que promove é apenas para benefícios privados e especulação imobiliária.
Mas a herança de que o actual presidente constantemente se queixa tem muitos outros aspectos assaz curiosos.
O exemplo do Plano Director Municipal (PDM) é ilustrativo. Em 1993 o planeamento urbanístico da Câmara era um absoluto caos, por todos reconhecido. Qualquer um que tenha tido, nessa época, a simples experiência de se dirigir aos serviços da Câmara para se informar sobre as regras de construção terá podido comprovar porque é que a Câmara de Cascais era considerada uma das que, em todo o país, se encontrava em pior situação de planeamento.
Partindo de uma situação de quase total paralisia deste sector camarário, a vereação PS promoveu uma mudança total dessa realidade. Reorganizou os serviços, informatizou todo o sector tornando-o um exemplo nacional, definiu regras claras e transparentes, concebeu, aprovou e viu promulgado um PDM originado quase a partir do zero. Não precisou de muitos anos para o fazer e para pôr em execução esse novo PDM.
Em 2001, António Capucho, no quadro do mito do betão, fez do PDM o seu principal inimigo assegurando que, se fosse eleito, desde logo o substituiria por um outro mais conforme com a sua proclamada vontade de “parar a construção”.
Palavras leva-as o vento e, volvidos oito anos, o dito 'péssimo' PDM promovido por José Luís Judas continua a servir a contento para o planeamento do concelho pela actual vereação PSD/CDS. Aliás, as excessivas alterações de pormenor que têm sido feitas a esse PDM não pretenderam diminuir a construção mas, antes pelo contrário, foram feitas para facilitar mais construção onde o PDM o não consente.
Queixa-se o Dr. Capucho que um PDM demora muito a rever e que os oito anos não lhe foram suficientes. Vale a pena comentar ? Afinal ele, que tem maioria absoluta na Câmara, não consegue rever em oito anos aquilo que o PS fez, de raiz e sem ter essa facilitadora maioria absoluta, em muito menos tempo. É apenas uma das diferenças entre quem faz e quem se desculpa por não saber fazer.
Mas os exemplos de inconsequente vitimização de António Capucho são a constante do seu discurso. Esquece-se, claro está, de referir os muitos aspectos positivos da obra dos seus antecessores. Não diz que encontrou uma Autarquia com um orçamento equilibrado e reservas financeiras confortáveis, não refere que a anterior vereação resolveu quase completamente os gravíssimos problemas do saneamento básico do concelho e que o pouco que ficou por fazer não foi mais completado, que a despoluição das praias do concelho estava feita, que a recuperação da faixa litoral do Guincho e a Casa da Guia foram feitas pelada gestão de José Luís Judas, que o palácio dos Congressos também é desse período assim como a recuperação da Feira do Artesanato, que foi o PS que promoveu a marina bem como o Centro Cultural de Cascais, o Museu Verdades de Faria e muito mais.
Mas, pior que a omissão da obra realizada, em oito anos, pela vereação PS é o facto de António Capucho pouco mais ter para apresentar como obra sua do que aquilo que resultou do anterior trabalho ou da iniciativa governamental. Nisso os exemplos são inúmeros.
O plano de erradicação das barracas (PER) foi inquestionavelmente um vasto programa concebido e incrementado pela vereação PS (ainda que em algumas situações a finalização se tenha prolongado para além de 2001) mas a actual maioria continua a tentar tirar partido do que não fez e o Dr. Capucho diz candidamente que “os bairros do Fim-do-Mundo e das Marianas já não existem” sugerindo que o facto de ir proceder a algumas atribuições de casas significa que foi ele o promotor do PER.
Invoca como grande conquista sua os novos Centros de Saúde e a construção do novo Hospital de Cascais. Mas a rede de serviços de saúde (excepto de algumas clínicas privadas de luxo que têm vindo a proliferar no concelho) é uma competência e uma iniciativa do Governo central e o papel da actual Câmara tem sido mais o de um efectivo dificultador, como aliás é público em relação ao Hospital cuja construção estava em vias de concretização em 2001 e o Dr. António Capucho apenas interveio para fazer parar e atrasar uma obra que é realizada pelo Governo nacional. O que falta explicar é a verdadeira razão porque o actual presidente da Câmara, utilizando duvidosos argumentos pseudo-ambientalistas, bloqueou a construção do novo Hospital que em 2001 se iniciara em S. Domingos de Rana a fim de o deslocar para a zona do Shoping Cascais. Talvez os habitantes da Quinta da Marinha tenham tido a vantagem de ficar com o Hospital mais próximo, mas a maioria dos cidadãos de Cascais foi prejudicada pelos oito anos perdidos com o reinício do processo e com os efeitos de uma localização que prejudica o interior do concelho e acarretará problemas complicados de circulação viária para Alcabideche e Estoril.
Quanto à deterioração do concelho que todos os cascalenses sentem o Dr. António Capucho distancia-se sobranceiramente. Sobre a qualidade de vida só sabe que “não há volta a dar se as pessoas continuam a querer trazer para os centros das vilas os seus automóveis e a estacionar em cima do passeio para fazer as suas compras”, quanto à morte lenta e preocupante de grande parte do comércio local, nomeadamente o de lazer, só tem a dizer que a “lei geral do ruído faz com que hoje em dia seja extremamente difícil manter um estabelecimento aberto” e que ele próprio “não é um empresário da noite e a Câmara também não é...” e sobre a deterioração visível do interior do concelho apenas constata 'lapalissianamente' que “as assimetrias territoriais combatem-se, designadamente, com mais investimento nas zonas degradadas e deprimidas do concelho” (ao contrário do que a Câmara faz, acrescentamos nós).
Esta é a visão idílica, distanciada e algo paroquial que o Presidente tem do concelho por que deveria ser responsável. Em contrapartida apresenta como grandes obras da sua vereação “a Quinta do Barão que vai aproveitar uma casa do sec XVIII para pousada de charme (...)” e as novas torres do Estoril Sol sobre as quais, afirma,“quase poderia dizer, com alguma demagogia, que as pessoas votaram no Estoril Sol”. Curiosamente, nesta sua entrevista, deixa escapar que a importância essencial deste monstruoso arranha-céus à beira mar decorre de que ele “substitui um edifício que estava falido - 20% dos seus quartos já estavam inviáveis (...)”. Compreende-se, assim, que a preocupação do Presidente da Câmara ao viabilizar este atentado urbanístico ao concelho é o de resolver um problema do negócio da Estoril Sol e que todo o restante discurso mais ou menos justificatório serve apenas para diluir a razão fundamental do favorecimento dos interesses comerciais privados daquela empresa mesmo que à custa do património ambiental comum dos cascalenses.
As três páginas de auto-propaganda do dr. Capucho merecem ser lidas. Melhor do que os retratos sorridentes que a acompanham ela ilustra aquilo que é auto-satisfação iludida e ilusória de uma pessoa que, sendo seguramente respeitável, não consegue ter qualquer resquício de sentido auto-critico sobre o mal que tem causado ao concelho alimentando-se na etérea ilusão de que a alcunha de “relógio suíço” que lhe puseram se deve a uma sua possível pontualidade, como explica à entrevistadora.
Infelizmente não é assim. Quando na Câmara se generalizou o chamarem-lhe o “relógio suiço” foi apenas porque educadamente constatavam que como presidente camarário não atrasa nem adianta ou como muitos preferem dizer utilizando uma expressão bastante brejeira...que significa “ele nem faz nem deixa fazer”.
Será preciso explicar?
V.G.
19 comentários:
Excelente e sintética análise do passado PS e do presente PSD. Pena que lá fora nada se saiba.
O pior cego é aquele que não quer ver!
E o autor deste texto notoriamente não reside em Cascais ou então não quer ver!
Em oito anos, a maioria VIVACascais, liderada pelo Dr. António Capucho, devolveu a qualidade de vida e o orgulho a todos os Cascalenses!
Esta é verdade que está estampada em todas as esquinas, ruelas, ruas e avenidas do Concelho de Cascais!
Santa paciência! Como é possível ter um lapso de consciência tão grande e violento? Se deixar de tomar tantos Valiums ou Xanax pode ser que deixe de ter tantas alucinações e acorde desse seu sono profundo e alheado da realidade.
O.L.
Na verdade, e é aquilo que mais atormenta os dirigentes e demais autarcas do PSD, é o facto de saberem que a grande fatia de obra realizada foi financiada em parte ou na totalidade pelo Govrno em parcerias com as Câmaras. Outras foram mesmo obras do exclusivas do Governo (hospitais, estradas, etc). Daí que aparecer o legítimo promotor de tais obras acosse a pontualidade do relógio suiço. Deixa-o de ponteiros às voltas, desgovernados! Capucho é uma destas vítimas prováveis. Penso que seria interessante, e já o referi à candidata, fazer uma listagm pública dos investimentos realizados pelo Governo em Cascais comparados com os que a CMC diz serem dela (não o sendo)! E fazer um tipo de campanha artesanal com os cartazes (tipo Pedro Marques) colocados nas obras... 3 milhões - obra do Governo! 500.000 - obra Judas!
Às vozes críticas que se fizeram ouvir na sequência do artigo do V. G., eu pedia apenas que definissem (à laia de uma maior cientificidade da discussão)) o que entendem por Cascais. É que viver em Cascais, no conforto palaciano da vila é algo diametralmente oposto a viver em Cascais – Matarraque, ou Cascais – Alvide, ou Cascais – Abóboda, ou ainda Cascais – Várzea de Polima. Sim, estes nomes existem mesmo em Cascais. De facto, não duvido que em Birre, na Areia ou na Quinta da Martinha, para não referir as estafadas Marinha e Bicuda, se viva hoje melhor. Agora no concelho rural e saloio a realidade é outra e, por sinal, bem mais adversa. O trânsito piorou significativamente, resultado de novos espaços de lazer da “plebe” (centros comerciais baratos) em vez dos tão prometidos espaços verdes. Chegar hoje ao litoral do concelho por estradas de Oeiras é mais fácil que por estradas de Cascais. Eu compreendo a indignação de quem se diz Viajar na Maionese. Mas há duas realidades sociais em Cascais. Judas erradicou os bairros de barracas do concelho. E Capucho, que fez ele para diminuir as distâncias entre elas? A resposta é Nada. Mais um mandato e pode ser que Cascais volte à idade média com umas muralhas a separar a Vila dos arrabaldes! Tudo é possível.
Caro Umberto,
se ("cá fora") nada se sabe, a culpa não é certamente dos municipes!
Essa responsabilidade cabe ao PS, enquanto o maior (será?!) partido de oposição na CMC!
Sou um cidadão atento e infelizmente tenho verificado que nos últimos 8 anos o PS nada tem feito nem dito!
Aliás, como é que isso se consegue se os candidatos do PS à CMC se afastam das responsabilidades, não cumprindo os mandatos para que foram eleitos?
Será que a Dr.ª Leonor Coutinho vai fazer o mesmo?!
Parece-me que sim!!!
Caro Rui Estêvão Alexandre,
decididamente V. Exa não reside no mesmo concelho que eu e deve ter procurado o nome das localidades que referiu no Google Maps!
Judas erradicou as barracas do Concelho? Em qual concelho? Só se foi nalgum situado em África, porque em Cascais não foi certamente! Essa bandeira pertence ao actual presidente de Câmara e desafio a provarem-me o contrário!
Espaços de lazer da Plebe (que adjectivo tão mal escolhido por V. Exa)? Refere-se certamente a todas estas obras da maioria VIVA CASCAIS:
- Biblioteca de S.D.Rana;
- Pavilhões desportivos construídos de Norte a Sul, de Este a Oeste!
- Campos de futebol em que foi colocada relva e construídos balneários condignos;
- Instalações/sedes para as Associações desportivas e culturais de todo o Concelho;
- Espaços de lazer, convívio e de estudo para os jovens (Lojas geração "C") situadas nos 4 cantos do Concelho;
- Limpeza urbana como nunca este concelho teve, manutenção e criação de espaços verdes, tudo a cargo de uma única empresa (EMAC) que consegue fazer melhor, mais e com menores custos que o que se verificava com a SUMA;
- Arranjos exteriores de estacionamentos e espaços comuns, como o que foi feito nas Torres Miramar, Parede (há 30 anos que os moradores aguardavam por isto), em São Miguel das Encostas, nas terras de Polima, No Bairro de S. João na Rebelva, etc...
- Centros de Saúde condignos (mesmo que feitos com o dinheiro do governo, há duas verdades indesmentíveis: 1- eles estão feitos e abertos aos utentes; 2- o Governo deve qualquer coisa como 5 milhões de euros ao município de Cascais!;
- Criação de novas empresas e de postos de trabalho através do apoio da DNA Cascais;
- Criação da Primeira Pousada de Portugal no Distrito de Lisboa e em Cascais;
- Museu Paula Rego, com a certeza indesmentível de que irá atrair milhares de turistas e de seus €€€ a Cascais;
- Concertos musicais de todos os géneros e gostos que animam o Concelho e devolvem o nome de Cascais à ribalta dos trajectos culturais e musicais;
- etc, etc, etc...
Estimado Rui, não vale a pena escamotear e realidade e continuar tapar o sol com a peneira!
Como inicialmente disse, o pior cego é aquele que não quer ver!
E os Cascalenses têm visto e irão avaliar aquilo que vêm e sentem (há oito anos) já no próximo dia 11 Out.!
A Brandoa à beira mar plantada...
Essa frase que fez eco nos jornais traduz num vazio inconsequente de acção do actual Presidente da Cãmara...
Vejam o escândalo da tratolixo...
António Denuncia...
A crítica refere-se à política (muito má) prosseguida pelo PSD/CDS na Câmara. As referências ao Dr. António Capucho decorrem dele ser o principal protagonista dessas políticas mas não têm nada de pessoal. O ataque fulanizado e a destruiçao de pesssoas para fins políticos ( como foi feito com José Liuis Judas) é uma actuação miserável que não aceitamos.
Apenas, na actual situação, há que dizer "o rei vai nú" para que cesse esta ficção ilusória que o Umberto Pacheco refere e que leva o 'sr. da maionese' a dizer, certamente com convicção, que o PSD "devolveu a qualiddae de vida e o orgulho a todos os Cascalenses".
Mas em concreto a que se refere ? À nova rede viária que vai ligar Cascais-Lisboa ? Isso é obra do Governo e a Câmara nada contribuiu para isso.
Ao Autódromo que a vereação PS, nos anos 90, recuperou e revitalizou e o PSD/CDS deixou degradar até ao ponto de estar quase morto e ter sido construido um outro no Algarve ?
Ou o orgulho (como o do Dr. Capucho) é com os mamarrachos do Estoril-Sol ?
Então ?
Cumprimentos
Não, não duveide que resido em Cascais. Resido numa zona do concelho de Cascais cujos arruamentos foram pagos com dinheiro de quem lá vive. O saneamento básico idem. Os sinais verticais (apenas para dar um aspecto civilizado à coisa) idem. Uma zona que, apesar ser muito perto das Terras de Polima, não merece o mesmo olhar e dignidade do Sr. Presidente da Câmara. Porque nas Terras de Polima a civilização foi transportada de outros lado, ou seja, a papinha já estava feita. Na minha rua passam de facto os senhores da EMAC, mas de caminho para a Urb Terras de Polima. Os canteiros, onde deveriam estar árvores, estão vazios há anos (no entanto foram exigidos pela CMC - e bem). Todos os jardins, espaços verdes, etc são muito louváveis. Mas não seria menos digno dar uso aos canteiros que já existem. Conheço muito bem o interior de Cascais e as limitações do que é viver no interior. Fique sabendo que nunca frequentei uma escola no concelho devido à deficiente rede de transportes públicos.
Ainda em relação à EMAC, sabe quantas queixas já fiz ao provedor do munícipe? Seis (6). Sabe quantas respostas? Zero (0).
Quanto à questão da "Plebe" (não sei porque lhe retirou as aspas) disse-o e reafirmo-o. Nos últimos anos abriram numa parte da freguesia de S.D. Rana, pelo menos 5 super-mercados (LIDL, E'Leclerc, Inter marché, PLUS-Pingo-Doce, Dia). Ponderaram o acréscimo de transito que isso iria provocar?
Sim, vivo em Cascais. Naturalmente que não o mesmo que o seu. A maionese tê-lo-á levado para mais perto do mar!
Caro Maionese,
E o escândalo da tratolixo? ou vai fingir que esse não é uma das maiores vergonhas deste executivo.
O atentado ambiental... recorrer à valor sul para tratar do lixo que por incompetência nao conseguimos tratar aqui... sabe bem os custos de tal expediente!!!
Conte-nos maionese... ou passa a vida a navegar ao sabor da ignorância...
É que se não conta... terei de ser eu a contar.
É tempo de dizer: Capucho! conta, conta, conta!!
António Denuncia
Exmo V.G.:
Gostei do seu artigo, e dou-lhe os parabéns por isso, os quais extendo a todo este grupo de reflexão política que considero ser de enorme qualidade e que veio alterar a forma de "viver" a política em cascais.
Não sou militante do partido socialista, mas acompanho a vida política em Cascais onde exerço a minha actividade de empresário e onde resido.
É verdade aquilo que diz, no entanto sugeria que aprofundasse algumas questões... uma delas já referidas - até de modo um pouco irresponsável por um comentário anónimo- que é a questão da trato lixo.
Aconselho-o a estudar este dossier e terá uma bandeira política importante para Cascais.
No entanto lamento que a vossa escolha prima pela ausência, pela falta de carisma e pelo péssimo sinal que deu até agora.
Não se vencem eleições em 2 meses. Qualquer amador o sabe. Onde está a vossa candidata? ou pára a senhora? ou será candidata putativa? onde estão os cartazes? onde estão as ideias, as propostas? alguém sabe dela? se formos à net aparece logo o escândalo do carro e do seu mulatão... e os cometários dela a essa questão são tão ou mais infelizes que os últimos da acumulação de candidaturas... sentadda no burro a olhar para o cavalo?
Lamento dizer isto, mas os resultados serão dramáticos para o PS em Cascais por culpa exclusiva dos seus digirentes que mais uma vez se mostraram incapazes de trabalhar...
Que sabe depois da derrota não renasça o PS qual fénix.
É triste esta omissão de partido.
Desejo é que este vosso projecto mantenha a qualidade até hoje demonstrada.
Fica o desabafo!
Paulo Dória
Cascais
Caro Sr. Maionese,
Também lhe atribuo alguma razão, mas infelizmente por razões opostas. Eu habito e trabalho em Cascais. Não me identifico propositadamente, pois o Sr. Capucho ou o Sr. Manuel Andrade, enviam a sua polícia Municipal ao meu estabelecimento sempre que lhe dirijo uma palavra, a coligação só reconhece, “amigos” ou inimigos”.
Gostaria de saber se o Sr. é dos Cascalenses que recebe do erário publico local ou não, se pertence a alguma das referidas associações subsidio-dependentes.
Eu como conheço Cascais á largos anos, posso garantir que estávamos muito melhor sem o Capucho. Podem acusar José Judas das maiores judiarias, mas o seu trabalho é de uma dimensão e conteúdo superior, pois era um homem de trabalho e o actual gestor publico é um homem de imagem, elitismo e distanciamento. Só anda com um papel na mão.
Hoje vivemos uma enorme recessão económica e em Cascais particularmente difícil devido á acção, ou não acção de Capucho, aquele que escorraçou os empresário da praça de Touros, favoreceu a grande distribuição em detrimento do pequeno negócio, aquele que fecha ruas se sequer comunicar ao comerciante, aquele que por escrito, fez 30 importantes promessas aos empresários e teve o desplante de inverter a suas posições, sempre a favor dos maiores interesses da construção e grande distribuição.
Querem exemplos….? Corte Inglês em Carcavelos, Centro do Monte Estoril, encerramento da Av. Biarritz, Pingo Doce da Amoreira e um grande número de UCDR´s em vias de construir,bla…bla…
O Sr. Capucho seria um bom vereador da cultura e relações públicas da CMC, é excelente a vangloria-se com obras do governo central ou a desculpar-se com problemas das suas obras. Ou ainda aquilo que fez durante 6 anos, atribuir ao seu executivo, projectos dos anteriores executivos.
Assim só compreendo as suas palavras se o orçamento da CMC (um dos mais avultados de Portugal) durante estes 8 anos tivesse sido 10% ou ainda se o Sr. Maionese depende de salário ou subsídio do Sr. Capucho. Deus lhe perdoe!
Meus caros,
Concordo com o VG quando diz que o caso Judas foi dos maiores assassinatos políticos do passado recente.
Este homem era dos poucos que tinha um projecto Cascais.
Muito do que hoje se faz é obra do executivo Judas.
O PS comportou-se miseravelmente neste caso...
Era tempo de se fazer alguma justiça política... se é que isso exite.
Caro Anónimo!
Então o PS portou-se mal com JLJ? Miserável não terá sido a vil tentativa de assassinato cívico e político que o actual presidente quis fazer? Não invertamos as responsabilidades. E neste caso, aconselho-o a informar-se melhor. Talvez ler as actas da reunião de câmara dessa altura, possa ajudá-lo a esclarecer-se...
Caro Vereador Umberto Pacheco,
Deixe-me felicitá-lo pelos seus comentários, e em especial ao VG pelo texto que publicou.
Contudo, penso que o sr. vereador é das pessoas que mais poderá ajudar nesta história.
Lanço-lhe o desafio de escrever aqui a sua visão sobre este e outros assuntos...
Responda se conseguir ao pseudónimo viajar na maionese que deixa uma boa provocação para que todos possamos ter noção do que está em causa.
Qual é a sua visão da entrevista do actual presidente Capucho?
E parabéns pelo blog que só agora descobri... deveria era ser mais divulgado.
Sugiro os jornais locais... se não estiverem todos vendidos ao executivo camarário.
Parabéns pela análise...
Desconhecia estas questões.
AJF
Murtal
Eles não são cegos nem surdos nem mudos!! São só distraídos..!?(riso)
Esquecem-se de olhar para dentro! Como conseguem olhar em frente ou para fora???
Tudo o que se consegue de bem, vem sempre de dentro...!
Mudar atitudes dentro da;CMC, urge??
Sempre a nobreza....Ou seja; As ditas zonas chamadas de Nobres...Pois é!....Tenho pena!!
Elisabete
Ia tão bem lançado...mas a determinado momento começa a defender a "obra" do Dr. José Luís Judas. É de um fanatismo tremendo. Será que não há memória. O tempo cura tudo...
É graças à enorme incompetência do sr. Judas é que Cascais tem um presidente que não precisa fazer muito e ainda assim gabar-se da sua "grandiosa obra".
Enviar um comentário