O LEGADO DE ABRIL NA HISTÓRIA DE UM PORTUGAL DEMOCRÁTICO

Vasco Lourenço e Alfredo Barroso - Num jantar que contou com mais de uma centena de pessoas, Vasco Lourenço e Alfredo Barroso partiram as suas memórias e evocaram os valores de Abril e o legado da "Revolução dos Cravos" na história de um Portugal democrático.

JOSÉ LUÍS JUDAS NO JANTAR DO CLUBE A LINHA

O Clube A Linha contou com a presença de José Luís Judas onde foi especificamente abordado o processo de concepção e execução da estratégia e do projecto que conduziu à vitória do Partido Socialista nas eleições autárquicas em Cascais, com o slogan "mudança tranquila".

VÍTOR RAMALHO NO CLUBE A LINHA

Vítor Ramalho, Presidente da Federação de Setúbal do PS, recordou a matriz genética do partido Socialista, debruçando-se especificamente sobre os desafios autárquicos com que o PS se vê confrontado no Distrito de Setúbal, apresentando a estratégia política seguida nas últimas eleições autárquicas, bem como o caminho que se está a trilhar naquele distrito.

OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Vieira da Silva e Pedro Marques - Cascais acolheu José António Vieira da Silva e Pedro Marques para mais um debate promovido pelo Clube A Linha, onde os convidados partilharam com o auditório, a sua visão sobre os desafios que Portugal enfrenta em matéria de crescimento económico.

OS DESAFIOS AUTÁRQUICOS DE 2013: CONTRIBUTOS PARA A ACÇÃO POLÍTICA

José Junqueiro - Perante um auditório lotado, José Junqueiro sublinhou a importância das próximas eleições autárquicas para o Partido Socialista, onde se irão sentir pela primeira vez os efeitos da limitação de mandatos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Rui Alexandre: Novos Velhos do Restelo

Ninguém melhor do que Camões definiu algum dia, numa simples imagem de um velho, a essência de todo um povo. Um velho que, para ironia dos tempos, era do Restelo, donde partiam os barcos para as Índias.

Esse velho, de cujo “peito esperto” saíram as palavras avisadas do perigo que nos esperava, representaria não mais do que o conservadorismo amedrontado de ir além do conhecido, ou seja, de pisar o risco ou mesmo ultrapassá-lo na certeza de que para lá dele está o futuro.

Hoje Portugal está, uma vez mais, numa encruzilhada de destinos e o que, como sempre, menos nos falta são os avisados velhos do Restelo que, de papo cheio, barriga farta, barba grisalha e nódoas de bom vinho na gravata avisam a navegação, com ar sério e indulgente, que mais uma vez se está a fazer tudo mal! Na televisão, na rádio, nos jornais destilam toda a sua bílis contra uma Nação que os não merece.

Esses velhos gritam alto e de peito feito os erros de cartilha, tão evidentes que só mesmo uma Nação muito alheada poderá descuidar. Mas eles, arautos do sucesso estão por cá, continuamente alerta para gritar aos barcos que partem.

Mas sim, o problema na verdade está na Nação. Afinal de contas esses velhos nunca ousaram ir além dos berros que soltam e por isso a Nação não os conhece como soluções. Depois vestem bem, bebem faustosamente, comem melhor ainda e põem, à segunda, nódoas na roupa que o povo, com sorte, veste ao domingo. Quem são esses velhos? Que têm para nos dizer que nós tenhamos paciência para ouvir?

Rui Estêvão Alexandre
Politólogo
Clube A Linha

1 comentário:

carlos saltao disse...

O problema dos velhos do Restelo é terem quem os oiça. É o facto das suas palavras, às vezes, chegarem mais alto do que os feitos praticados.

Mas também e é nisso que temos que melhorar, é que não é só preciso ir para a frente com os actos. É preciso explicá-los, uma e outra vez, de forma consistente, simples, directa.
É abandonarmos a noção de que o que fazemos é o correcto e que todos os outros nos devem agradecer pelas nossas iniciativas.

Todas as acções desligadas dos verdadeiros destinatários são mero artificío da nossa vaidade.

E depois não digam que as massas não nos entendem...